Para Guilherme Afif, presidente do Sebrae, as grandes e médias empresas entraram em um movimento “desempregador”, reflexo da substituição de mão de obra humana por tecnologia. “O fim dos empregos não é futuro, é o presente”, disse, durante o evento Fintouch, nesta terça-feira.

“É por isso que quem tem segurado as pontas da geração de empregos são as pequenas”, continua Afif, que acredita que, a partir de agora, a geração de empregos depende do empreendedorismo. “É por isso que a gente sempre brinca: quer um emprego? Crie um. É a era do empreendedorismo por necessidade”, resume.

Problemas

Para Afif, a falta de acesso ao sistema financeiro é o grande problema para essas empresas. Em pesquisa realizada pelo próprio Sebrae, descobriu-se que 83% dos empreendedores não têm acesso a crédito, reflexo da burocracia que envolve o empréstimo para a pessoa jurídica. “Quem financia os pequenos é o fornecedor. Os bancos estão em quinto lugar”, conta.

Outra fonte comum de financiamento é o crédito para pessoa física realocado na pessoa jurídica. Isso gera o que o presidente do Sebrae chama de “agiotagem institucionalizada”.

Tem solução?

Para ajudar na mudança desse cenário, o Sebrae quer a instalação do que chama de empresa simples de crédito, através da qual o cidadão poderia usar seu próprio dinheiro para financiar empreendimentos em seu município. “É uma injeção direta na base”, defende.

(Por InfoMoney – PAULA ZOGBI) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM