O maior fenômeno recente do varejo brasileiro apresenta seus resultados nesta quinta-feira. Resultado da fusão das redes Raia e Drogasil em 2011, a RD é a maior companhia do setor de varejo de farmacêutico, com quase 13% de participação de mercado, e a 6ª maior varejista brasileira, ultrapassando o grupo O Boticário em 2016. Ela sustenta a liderança há seis anos e tem em São Paulo sua principal praça, com quase 840 lojas. No segundo trimestre inaugurou sua 1500ª loja. São 29.000 funcionários espalhados pelos 19 estados em que a empresa atua.
Segundo analistas do setor, ela continua apresentando um desempenho melhor do que seus pares, apoiada por suas operação eficiente e um balanço sólido. É considerada uma empresa com boa governança e uma ação ‘defensiva’, ou seja, mesmo em situações difíceis, de crise, como a que o Brasil passa, continua performando bem. No primeiro trimestre de 2017 sua receita bruta anual cresceu 21,6%, enquanto o mercado de drogarias subiu 12,6%, segundo o IMS Health.
Este promete ser um ano mais desafiador para o setor, já que o crescimento das vendas de produtos de higiene e beleza, que tem maiores margens, está desacelerando, com a crise se arrastando. Além disso, o reajuste anual de medicamentos foi menor este ano do que o ano passado, apenas 4,76%. Mesmo assim, o Bradesco estima que a demanda por medicamentos cresça 4% ao ano nos próximos dez anos, com o envelhecimento da população brasileira e o aumento da demanda da população jovem por qualidade de vida e cuidados com a saúde.
Como estratégia para o ano, a RD planeja abrir 200 novas lojas e entrar com mais força no Nordeste, com a marca Drogasil – já abriu quatro lojas no Ceará e deve inaugurar outras no Piauí e Maranhão ainda este ano. Também deve inaugurar em breve um novo centro de distribuição na Bahia, o oitavo do grupo. A ver se os resultados de hoje confirmam que, apesar de tudo, a RD segue seu rumo.
(Por Exame) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM