Há muito tempo o mercado questiona se a Amazon tomará a liderança da maior rede de varejo (físico) do mundo. Nesta semana, ficou claro que destronar o Walmart não será tão fácil assim – mesmo porque, a empresa já sabe como se defender da rival: com suas lojas.
De acordo com um relatório da Barclays, dos 4.700 endereços do Walmart no mundo, 3.522 estão nos Estados Unidos, um trunfo que a concorrente online não tem e nem precisa ter, já que sua força está na parte tecnológica e logística.
No entanto, desde o início do ano, 600 dessas unidades estão sendo usadas para a retirada das compras online feitas pelos clientes, iniciativa que rende ao Walmart custos menores e maior manobra para o repasse de ofertas aos clientes.
Além de menos urgência em investimentos logísticos dedicados, a rede aposta ainda em atrair dessa maneira o público que prefere consumir na web, com a segurança de apanhar a compra em uma loja, com a vantagem de poder trocar algum item na hora, se for preciso.
Segundo o relatório, pessoas que representam uma boa fatia dos que consomem alimentos da rede pela Internet atualmente no país.
Os analistas estimam que as vendas de comércio eletrônico da Walmart cresceram 36% no quarto trimestre fiscal, em comparação com o crescimento de 20% da Amazon no período.
Parte do incremento teria vindo dessa decisão, motivo pelo qual a empresa pretende expandir o número de unidades com entrega para 1.000 lojas nos Estados Unidos até o final do ano.
A Amazon começou a fazer testes com vendas de alimentos frescos em 2007, quando deu início ao AmazonFresh, serviço de entrega ativo em 16 mercados americanos hoje.
Depois, investiu em centros de coleta, onde compradores podem buscar suas compras feitas pela Internet, justamente por admitir a relutância de algumas pessoas ao varejo pela Internet.
(Por Exame) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM