Grandes redes de supermercado anunciaram nesta terça-feira (21) a decisão de retirar de suas gôndolas produtos das fábricas envolvidas na Operação Carne Fraca da Polícia Federal.

As bandeiras Pão de Açúcar, Extra e Assaí, do grupo GPA, informam que “suspenderam preventivamente” a venda de produtos das três fábricas interditadas na operação –duas unidades da Peccin e uma da BRF, em Mineiros (GO). O grupo não informou a quantidade de produtos que recebia desses fornecedores.

Por meio de nota, o GPA disse que, para os itens in natura, “todos os lotes de produtos de fornecedores recebidos em suas centrais de distribuição passam por processos internos próprios de auditoria, por amostragem”.

Uma das unidades, segundo a GPA, era fornecedora do Extra e do Pão de Açúcar. Das análises realizadas pela companhia, não houve caso registrado de irregularidade.

O Carrefour também diz ter retirado “preventivamente” das suas lojas os produtos vindos dos frigoríficos citados. A rede também diz que realiza análises laboratoriais periódicas nos perecíveis que recebe, mas não entra em detalhes.

A operação Carne Fraca desencadeou decisões semelhantes no varejo regional. O paranaense Grupo Muffato informou que cancelou a parceria que tinha com o Peccin.

“Alguns produtos que tiveram comprovadamente a qualidade afetada foram retirados definitivamente da área de vendas, como é o caso daqueles fornecidos pelo Frigorífico Peccin, cuja parceria foi inclusive cancelada pela rede. Alguns produtos de outros fornecedores foram retirados preventivamente da área de vendas até que os fatos sejam devidamente esclarecidos”, disse a rede, em nota.

Questionado sobre se também decidiu suspender a venda de produtos das marcas citadas na investigação, o Walmart não respondeu.

Procurada, a Apas (associação de supermercados) não quis comentar.

(Por Folha de S.Paulo) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM