Na última semana, a PwC divulgou os dados da Total Retail 2017, levantamento que aponta os hábitos de compra no varejo e que constatou: para “fazer mais com menos”, o brasileiro apelou para pesquisas mais frequentes em lojas em busca das melhores ofertas. A pesquisa anual, feita com 24 mil consumidores em 29 países e, entre eles, cerca de 1.000 entrevistas no Brasil, apontou que 63% das pessoas afirmaram ter realizado mais pesquisas de preço em diferentes varejistas para economizar.

E para fazer o dinheiro render mais, o lazer ficou em segundo plano. Para 49% dos entrevistados, a solução foi reduzir a frequência de entretenimento, a exemplo de restaurantes e bares. Além disso, as visitas mais frequentes às lojas a procura de ofertas foi outra constatação, realizadas por 46% dos entrevistados, como também a restrição de compras a artigos de primeira necessidade (43%).

A pesquisa também identificou que os respondentes demonstraram a tendência de preservar os hábitos de consumo e poupar dinheiro (41%), mesmo com o cenário de melhora na economia. Já 38% disseram que farão mais pagamentos à vista.

“Por conta da crise econômica, o brasileiro se viu forçado a reduzir os gastos e buscar melhores ofertas e oportunidades de descontos em pacotes de compras”, diz o sócio da PwC e especialista em varejo e consumo, Ricardo Neves. “Segundo a pesquisa, o consumidor deve manter seus novos hábitos mesmo com a melhora da economia, o que trará maior competição ao setor varejista no país.”

Cada vez mais presentes entre os brasileiros, as compras on-line estão ganhando relevância no país, nos últimos anos. Em 2012, 70% das pessoas afirmavam realizar compras em lojas físicas pelo menos uma vez por mês. Hoje, são 55%, a mesma porcentagem que afirma utilizar o computador mensalmente para fazer aquisições. O canal que apresentou maior crescimento foi o smartphone, que era usado por 15% das pessoas e, agora, por 31%.

Detalhes sobre o consumo on-line

A pesquisa aponta ainda que, no Brasil, os dispositivos móveis são, na média, mais utilizados do que nos outros países: 53% dos brasileiros pesquisam produtos on-line, ante 44% da média mundial, e 45% comparam preço (globalmente, são 38%). Apesar de gostarem de receber ofertas em seus smartphones (53%) e de considerarem até a utilização dele no pagamento das compras (55%), a maioria dos consumidores brasileiros (64%) ainda teme pela segurança da privacidade de suas informações pessoais durante a compra on-line via dispositivos móveis.

Entre os produtos que os consumidores brasileiros preferem adquirir on-line estão os livros, músicas, videogames e eletrônicos. Para as categorias alimentos, móveis, objetos de decoração e materiais de construção, porém, os consumidores ainda preferem visitar a loja física para experimentar e testar produtos.

(Por Revista Super Varejo) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM