Nos últimos dias, a rede varejista norte-americana Walmart fechou cinco unidades no País, entre supermercados e lojas de vizinhança, e funcionários foram desligados. Também está em andamento um ajuste na estrutura de serviços compartilhados da empresa, em Porto Alegre, que deve levar a mudanças em funções.

A empresa confirma o fechamento de lojas e o remanejamento de pessoal. Além disso, houve outro movimento. O grupo uniu a área comercial do negócio de varejo com o de atacado, levando à saída de cerca de 20 funcionários por causa da sobreposição de cargos. No total, considerando desligamentos de funcionários de lojas e na área administrativa, teriam sido atingidas cerca de 120 pessoas. No fim de 2016, a empresa operava com 65 mil empregados no País.

Em relação às lojas, deixaram de funcionar duas unidades da cadeia Todo dia, um supermercado Nacional, em Porto Alegre, e um Mercadorama, no Paraná, conforme apurou o Valor. São pontos considerados deficitários e, após o período para retomada dos resultados, o desempenho não melhorou.

O Valor apurou que a redução na base de lojas da empresa é parte de um processo de revisão de estruturas. Segundo uma fonte, a empresa já identificou 40 pontos com alto risco de fechamento a curto prazo, caso os resultados não melhorem. Há um ano, a companhia fechou 60 lojas.

O grupo no País é formado por 480 unidades, entre hipermercados Walmart, Big, Bompreço e Todo Dia, supermercados Todo Dia, Mercadorama, Nacional e Bompreço, lojas de atacado Maxxi e o clube de compras Sam’s.

A recessão no Brasil tem efeito sobre os resultados, mas as dificuldades enfrentadas pelo grupo duram alguns anos e envolvem desde decisões equivocadas da matriz em determinados momentos à aquisição de lojas que não deram bons resultados no passado.

Neste momento, o Walmart revisa seu modelo de hipermercados no País (já fez isso com o atacado), com investimentos de R$ 1 bilhão em três anos para reformar 140 lojas. A empresa informa que tem investido no Brasil e também vai abrir duas novas lojas do Hiper TodoDia neste ano e reformar unidades de outros formatos. “A rede também revisa constantemente seu portfólio de lojas, podendo fechar unidades que não apresentem desempenho satisfatório”. No caso de fechamentos, a empresa oferece aos funcionários transferência para outras lojas.

Aquele que não optar pela transferência, receberá treinamento para recolocação. “Como resultado dessas ações, a companhia estará mais bem preparada para crescer de forma sustentável no Brasil nos próximos anos”.

(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM