A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) prevê que a edição deste ano da Black Friday deverá ter desempenho de vendas melhor do que o do ano passado. “As quedas das vendas vêm perdendo força nas últimas semanas”, explica o presidente da ACSP e da Facesp, Alencar Burti. Na primeira quinzena de novembro, por exemplo, o setor cresceu 2,1% na capital paulista em comparação com o mesmo período de 2015 – foi a primeira alta do ano, resultante da base fraca de comparação e do efeito-calendário.
A segunda causa para o otimismo em relação à Black Friday, segundo Burti, é a popularização do evento, que tem deixado de ser exclusivo do comércio online para se expandir para o varejo físico. “Ou seja, com isso, há uma adesão maior dos estabelecimentos à Black Friday, favorecendo a propaganda em torno da ação. Mais do que isso, tem-se percebido uma ampliação da data em relação ao tempo de vigência, deixando de ser apenas uma sexta-feira para virar um fim de semana ou, em alguns casos, o mês inteiro”.
O terceiro fator que colabora para a análise otimista é a pesquisa que a ACSP fez sobre a primeira parcela do 13º salário, segundo a qual 22,5% dos brasileiros não sabem o que farão com o dinheiro. “Em outras palavras, é uma boa oportunidade para os lojistas atraírem a atenção dos consumidores indecisos com altos descontos”, diz Burti. Contudo, ele faz uma ressalva: dependendo do sucesso da Black Friday, o Natal pode ser prejudicado, visto que há uma tendência de as pessoas anteciparem agora as compras de fim de ano.
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