Os contratos para a montagem de grandes decorações de Natal, em geral firmados até junho, foram fechados tardiamente pelos centros comerciais neste ano.

“Tive negociações que se estenderam até o fim de agosto. Alguns clientes esperaram para ver o que ocorreria com a economia”, afirma Ana Cecília Cipolatti, sócio-diretora da empresa do ramo que leva seu sobrenome.

A queda do movimento nos shopping centers e mudanças no quadro de gerentes dos centros comerciais durante a crise fizeram com que companhias demorassem a fechar os acordos, diz Cecilia Dale, proprietária da marca homônima.

Os últimos contratos assinados com a empresa também foram concluídos em agosto. “A alta da inadimplência no início do ano aumentou a insegurança entre os clientes”, avalia Dale.

O número de companhias em busca do serviço não caiu, mas os investimentos foram menores em relação a 2015, afirma Glauco Humai, presidente da Abrasce, que representa os shoppings.

“Não deverá ser um ano com grandes ações, mas ninguém deixa de fazer Natal.”

Alguns centros, segundo ele, ainda avaliam ampliar seus contratos com a melhora da expectativa para as vendas do fim deste ano.

“No início do ano, a situação era mais complicada. Hoje, há uma perspectiva de retomada até dezembro.”

A demora das negociações, porém, terminaram por elevar o custo das montagens, de acordo com Cipolatti.

“Com o atraso, não temos mais margem para negociar materiais, a importação só poderá ser feita por via aérea, e serão geradas mais horas extras de trabalho.”

(Por O Negócio do Varejo) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM