O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas (FGV) subiu pelo terceiro mês consecutivo em julho, mais uma vez puxado pela melhora das expectativas do que pela percepção sobre a situação atual. O ICC aumentou 5,4 pontos neste mês, para 76,7 pontos. Em abril, o indicador tinha registrado o menor nível de sua história a 64,4 pontos (Fonte:  Valor Econômico).

Como podemos notar, há uma melhora nas expectativas, mas ainda estamos um pouco longe de uma melhora real. O fato em si indica antecipadamente que estamos saindo de um círculo vicioso, onde os empresários deitaram por falta de perspectivas positivas que justificassem um aumento de seus investimentos, onde foram feitos ajustes para decréscimo de vendas, para margens mais apertadas e  lucros minguados. Hoje a grande parte das empresas já se ajustaram a esta dura realidade, e qualquer mudança nas expectativas faz com que pelo menos as varejistas revejam seus investimentos e parem de demitir. Até os bancos estão começando a “querer ouvir a história da necessidade de captação das empresas”, pois até alguns meses atrás, seu corpo de gerentes mal atendiam o telefone, ou queriam ouvir as empresas.

Desta forma todos os varejistas que tenham um mix de produtos voltado para o dia dos país, podem esperar  uma data um pouco “mais leve” , não tão carregada de pessimismo, o que tornará suas vendas um pouco melhores. Porém, isto não quer dizer que sejam esperadas taxas de crescimento forte em relação a anos anteriores, mas ao contrário, uma taxa menor de decréscimo ao que foi o Natal de 2015 em relação a 2014, e ao Dia das Mães  de 2016 comparado ao de 2015, ou até uma estabilidade em relação ao dia dos Pais de 2015. Se considerarmos que estas empresas já fizeram grandes ajustes em seus custos operacionais, estoques, quadro de pessoal, apostando em um cenário extremamente pessimista, uma pequena melhora já pode ser considerada importante.  Portanto podemos considerar as expectativas de vendas como positivas, dado o quadro atual.  Caso realmente ocorra,  acarretará  em uma importante contribuição na composição de suas margens e em sua lucratividade anual.

(Por O Negócio do Varejo) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM