A administração do GPA (Grupo Pão de Açúcar) propôs que sejam realizados ajustes nas demonstrações financeiras de 2015 por consequência do encerramento das investigações contra fraudes conduzidas pela controlada Cnova no Brasil. Braço de comércio eletrônico do francês Casino, a Cnova reúne no País os sites de redes como Casas Bahia, Pontofrio e Extra.
O GPA propõe o reconhecimento de um impacto negativo sobre o seu lucro líquido no montante de R$ 512 milhões e um reflexo também negativo no patrimônio líquido acumulado, no valor total de R$ 304 milhões.
Segundo comunicado divulgado pela varejista brasileira, o comitê de auditoria já emitiu parecer favorável aos ajustes propostos e o conselho de administração vai se reunir para debater o tema — a empresa não informa uma data para isso.
Caso as alterações sejam aprovadas, a companhia deverá republicar as demonstrações financeiras, incluindo a reapresentação dos períodos comparativos de 2014 e 2013.
As informações financeiras do primeiro trimestre deste ano também deverão ser reapresentadas e uma assembleia geral de acionistas será convocada para discutir o assunto. Mais informações detalhadas sobre os ajustes constarão nas republicações e o GPA afirma que manterá o mercado informado sobre o andamento do caso.
Na sexta-feira (22/7), a Cnova entregou à SEC (Securities and Exchange Commission), regulador de mercado dos Estados Unidos, o formulário relacionado ao balanço de 2015 para contabilizar perdas por desvios de mercadorias na operação brasileira e questões relacionadas à contabilidade e gestão de estoques.
(Por Valor Econômico) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM