O grupo Makro Atacadista publicou nesta terça-feira (19/7), no Diário Oficial do Estado de São Paulo, seus resultados relativos ao ano passado, que mostram aumento tímido de 1,1% nas vendas líquidas no Brasil, para R$ 7,25 bilhões, e aumento expressivo de 57% no prejuízo líquido, para R$ 67,7 milhões. O ritmo de crescimento nas despesas operacionais e financeiras acima da taxa de expansão nas vendas comprometeu os resultados da companhia.

As despesas operacionais subiram 5%, abaixo da inflação do período, mas ainda superior ao aumento de 1,1% das vendas. As despesas financeiras quase dobraram, de R$ 71,3 milhões para R$ 124 milhões entre 2014 e o ano passado. O lucro, de quase R$ 24 milhões em 2013, virou prejuízo de R$ 43,1 milhões em 2014 e, no ano passado, a perda alcançou R$ 67,7 milhões.

O Makro, rede atacadista controlada pela holding holandesa SHV, da família Fentener van Vlissingen, explora de maneira menos agressiva que suas concorrentes o “atacarejo” – tipo de loja que atende atacadistas e consumidor final. Este é o segmento, no comércio brasileiro, que tem se expandido de forma mais acelerada nos últimos anos.

Com baixo crescimento orgânico e dependente da venda para bares, restaurantes e hotéis, afetados pela crise econômica, o Makro sente a recessão e, por isso, as vendas perderam força, segundo informações de mercado. O Makro possui cerca de 80 lojas.

O Atacadão, que pertence ao Carrefour, vem crescendo no País, explorando justamente o modelo de “atacarejo”. Com 125 lojas, o Atacadão vende quase o mesmo do que o grupo Walmart no Brasil e tem duas vezes e meia a receita anual do Magazine Luiza.

(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM