A participação dos cartões nas vendas do varejo passou de 32,5% para 33,3%, entre 2014 e 2015, mostraram dados fornecidos com exclusividade pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo). A análise mostrou que esse aumento deve-se ao desempenho da participação dos cartões de débito, uma vez que os cartões de crédito apresentaram participação estável.
Segundo a federação, existem alguns motivos que levam para esse cenário, como os juros mais altos do cartão de crédito. Além disso, com a crise, os consumidores privilegiam a compra de bens de primeira necessidade, como medicamentos e alimentos, normalmente pagos à vista, e adiando a aquisição de bens semiduráveis, como vestuário, e duráveis, como móveis, eletrodomésticos e eletrônicos, cuja compra é realizada, em geral, mediante parcelamento no cartão de crédito.
Além disso, segundo a Federação, o processo de migração dos pagamentos para os meios eletrônicos vem ocorrendo de forma mais intensa nas compras de menor valor, realizadas com maior frequência no cartão de débito.
E o que o varejo ganha com isso? Segundo a Federação, as vendas no débito geram uma economia maior, pois reduzem os custos do varejo. Além disso, o lojista recebe o valor das vendas com cartão de débito em um prazo menor do que o das vendas realizadas no cartão de crédito. Dessa forma, os lojistas não apenas melhoram o fluxo de caixa, como economizam nas operações de antecipação de recebíveis, cujas taxas de juros vêm crescendo ao longo dos últimos meses.
No ano passado, o faturamento dos cartões no Brasil atingiu R$ 1,065 trilhão, crescimento nominal de 8,9% na comparação com 2014, segundo dados da Abecs.
(Por NoVarejo – Camila Mendonça) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM