Os números da Farm causam impacto: atualmente, a empresa tem dois mil funcionários, está presente em 133 países em decorrência da parceria com a Adidas, vende aproximadamente 80 mil peças por coleção e cerca de 437 mil clientes passam pelas lojas todos os meses. Fora isso, tem 510 mil seguidores no Instagram e é a marca de moda feminina com maior número de interações nas redes sociais com o Adoro Farm. Isso porque a organização quer fazer melhor sempre com mais competência, aponta a head de direção comercial da Farm, Fábula e Foxton, Denize Mattos.
Na visão da executiva, as empresas estão buscando muito o ‘como fazer’ e acabam se perdendo. “Nós queremos saber mesmo muito do mundo digital, é normal, mas é possível fazer coisas mais simples com resultados maiores. Nosso engajamento em loja tem que focar em poucas coisas para caminhar”, destaca.
É importante entender o momento que passa cada consumidor – principalmente ali, na loja. Entender o porquê de, por exemplo, ele estar lá, mas não estar comprando, encontrar oportunidades. “Precisamos ter um CRM realmente ativo para ter todos os nossos clientes no foco”, explica Mattos, que conta como uma ferramenta relativamente simples faz as coisas acontecerem na Farm.
Cada like dos clientes nas redes sociais é importante para a marca, portanto eles são mapeados. A head entende que é possível tocar o coração das pessoas em suas reais necessidades quando entendemos seu comportamento, o momento que aquele indivíduo está passando. Se ele entrou em contato por um determinado canal, é por lá que quer ser atendido – e com assertividade.
“Eu vejo que hoje muitos e-mails que as empresas mandam são irrelevantes. Mandamos demais e muitos clientes nem abrem. Para deixar uma mensagem realmente atrativa, ela tem que ser enviada no momento certo”, aponta Mattos. Para isso acontecer, é necessário uma boa ferramenta de relacionamento.
Lojas
Por que o cliente não está entrando na minha unidade? A executiva aponta que muitos fatores influenciam e as marcas precisam observar isso. A vitrine está bem feita? O aroma da loja está agradável? Diversos elementos contam nessa hora e já existem plataformas que auxiliam os varejistas nesse sentido. “O cliente gosta de ser lembrado. Mandar uma mensagem dizendo ‘não esqueça de passar por aqui’ pode ser muito atrativo”, detalha.
Denize Mattos destaca como o varejo tem atraído bons profissionais que se interessam pela área, principalmente de moda. E garante: o mundo digital é extremamente importante sim, mas o ponto de venda continua intacto no sentido de aproximação do cliente. As empresas apenas precisam repensar esses espaços, aderir estratégias tecnológicas que façam sentido e chamem o consumidor para perto. Inovação também é pensar diferente.
(Por NoVarejo – Raisa Covre) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM