Chegou a 11,16% o nível de ruptura nas gôndolas dos supermercados do País em março, um ligeiro aumento na comparação com o mês anterior, de acordo com pesquisa da NeoGrid.  O levantamento – feito em mais de 10 mil lojas em todo o Brasil no mês de abril – também demonstra a ruptura em diferentes setores dentro do autosserviço alimentar: alimentos (11,62%), higiene e beleza (10,92%), bebidas (9,71%),  limpeza (8,94%) e outros (13,63%).

Segundo Robson Munhoz, diretor de relacionamento do varejo da consultoria, o receio do supermercadista de comprar produtos e não vender – uma vez que o poder aquisitivo do brasileiro está diminuindo – pode ser uma das razões.

Outro ponto, segundo ele, é o fato de a indústria estar mais pessimista que o varejo. A observação foi constatada em pesquisa realizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), que indicou que 38% da indústria ficou parada em janeiro.

O diretor da NeoGrid ressalta que, nos últimos meses, o setor industrial teve vários aumentos de impostos e energia. Conseqüentemente, houve a necessidade de repassar parte desses reajustes para os produtos. Para tentar evitá-los, o varejo leva mais tempo para negociar mercadorias. “Por isso, alguns itens e marcas acabam faltando por mais tempo nas prateleiras”, explicou Munhoz.

(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM