As vendas da Hering apresentaram queda de 9,5% no primeiro trimestre deste ano, segundo resultados divulgados pela varejista, em relação ao mesmo período do ano anterior. Ao todo, as vendas brutas da empresa somaram R$ 376,1 milhões.

“Os efeitos do declínio do cenário macroeconômico exerceram influência negativa no desempenho de franquias e multimarcas”, disse a empresa em relatório. “Os efeitos esperados da implementação do SAP em janeiro, antecipação de parte do faturamento e envios para dezembro e impossibilidade de faturamento durante mais de duas semanas no mês, também contribuíram para o fraco desempenho no trimestre”, avaliou a varejista.

Com isso, o lucro operacional antes de juros, depreciação, amortização e impostos (Ebtida) apresentou queda de 22,6% no período.

Considerando os canais, multimarcas – que somam 17.858 varejistas – e que representaram 46% do total das vendas da companhia, apresentaram queda de 12,9% nas vendas no período. Segundo a empresa, o menor número de clientes ativos e, por consequência, menores vendas médias por cliente afetaram os resultados.

As franquias, por outro lado, tiveram vendas 11,9% menores. Além da crise, as mudanças realizadas no modelo de abastecimento também afetaram a varejista. “Com base na recomendação de compra feita pela companhia, encomendas de franquias para coleção Férias foram reduzidas de modo a permitir a eliminação de estoques de coleções anteriores (Verão e Alto Verão), abrindo espaço para um melhor abastecimento das próximas coleções (Outono e Inverno)”, avaliou a empresa.

As lojas próprias conseguiram equilibrar as vendas da empresa, e apresentaram crescimento de 3,3% no período. A execução, afirma a empresa, foi fator fundamental para o crescimento das vendas no canal. A webstore, por sua vez, registrou aumento de 16,2%.

Por marcas, a Hering registrou queda de 9,2%. As vendas da DZARM. apresentaram queda ainda mais intensa, de 31,6%, enquanto a PUC registrou qeuda de 19,7%. A Hering Kids viu as vendas crescerem 1,3% no período.

Nos três primeiros meses do ano, a companhia fechou oito lojas, das quais cinco Hering Store e três PUC, predominantemente localizadas na região Sul do país. Outras duas Hering Store em Minas Gerais, anteriormente operadas por franqueados, passaram a ser operadas pela companhia.

“A companhia iniciou em janeiro um plano de reformas incentivado que deverá promover a renovação de até 100 Hering Store para um projeto atual e moderno, que contempla avanços em visual merchandising, melhor iluminação e organização de produtos com seções remodeladas para jeans e básicos, fachada, dentre outras melhorias”, afirmou a empresa.

Para que ocorra rápida adoção pela rede de franqueados, a companhia subsidiará parte da reforma, que poderá totalizar despesa de aproximadamente R$ 10 milhões em 2016 caso todas as 100 lojas previstas sejam executadas. Até agora, mais de 80 lojas já realizaram adesão ao plano e encontram-se no cronograma de reformas da companhia.

(Por NoVarejo – Escrito por  Camila Mendonça) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM