A empresa de comércio eletrônico Alibaba.com, da gigante chinesa Alibaba, mantém o mercado brasileiro em sua estratégia de internacionalização, e pretende “no longo prazo” abrir um escritório no país, disse Alex Tsai, líder de marketing e desenvolvimento de negócios da companhia para a América Latina.

Com 2,1 milhões de usuários no Brasil, segundo números de março de 2015, e 40 milhões globalmente, o Alibaba.com está focando nas pequenas e médias empresas para crescer no País e acredita que a crise econômica acelera a adesão dessas companhias ao comércio eletrônico, principalmente diante da oportunidade de exportar aproveitando a alta do dólar.

O Brasil é um dos principais mercados internacionais do Alibaba.com, ao lado da Rússia. O grupo Alibaba opera os sites de comércio eletrônico Alibaba.com, para empresas e fornecedores, e AliExpress.com, para consumidores finais. A empresa não divulga números totais de usuários desse último, mas informou que até abril de 2015 foram 60 milhões de pedidos de brasileiros, com 18 novos usuários por dia.

Nos últimos dois anos, o Alibaba.com tem crescido 200% anualmente no país em número de usuários, disse Tsai. “Estamos otimistas com os números de 2015. Achamos que a crise é oportunidade para as pequenas e médias empresas começarem a negociar via comércio eletrônico”, declarou.

“No longo prazo, podemos ter um escritório no Brasil”, disse, sem dar detalhes, citando a oportunidade representada pelas mais de 10 milhões de pequenas e médias empresas do país. Recentemente, o Alibaba abriu escritórios em Londres e Milão. Além de seus escritórios na China, a empresa também tem unidade nos Estados Unidos e na Índia.

No Brasil, o Alibaba.com atende pequenos empreendedores, atacadistas, varejistas e traders de comércio exterior, por meio de uma equipe de executivos brasileiros ou chineses que falam português, mas baseados na China. O atendimento é feito por meio de chat na Internet ou email.

Segundo Tsai, as empresas brasileiras importam eletrônicos e maquinários por meio do site, principalmente de China e Índia, enquanto vendem alimentos e bebidas, assim como produtos pessoais e de moda, para Estados Unidos, China e mesmo para outras companhias no Brasil. Para alcançar as pequenas e médias empresas brasileiras, o grupo chinês firmou parceria no Brasil com o Sebrae e Câmara de Comércio e Indústria Brasil China (CCIBC).

“As (pequenas e médias) empresas estão começando a entender as vantagens de poder acessar uma plataforma global”, declarou.

(Por O Negócio do Varejo) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM