Após um ano difícil para o varejo brasileiro, uma luz no fim do túnel pode ajudar a atravessar a recessão: o incremento do consumo no País deverá avançar R$ 813 bilhões até 2024, segundo a McKinsey.

O incremento, desta vez, será puxado por cidades do interior – com distâncias de até 200 quilômetros das capitais estaduais. De acordo com a consultoria norte-americana, essas cidades vão se beneficiar da infraestrutura e dos negócios gerados pela capital. “No entanto, apresentam maior potencial por terem um desenvolvimento ainda menor”, afirma o sócio diretor da McKinsey, Fabio Stul.

Na opinião do executivo, o custo de vida menor e a mão de obra mais barata se manterão nos próximos anos, o que estimula um ambiente positivo de negócios nessas cidades.

Muito além do eixo Rio-São Paulo, em estados como Piauí, Sergipe e Pará, as cidades do cinturão de crescimento tendem a registrar alta anual de consumo em torno de dois pontos percentuais acima de Teresina, Aracaju e Belém.

Recessão passageira

De acordo com a consultoria, apesar da crise, as condições de crescimento no médio prazo se mantem otimista. Um dos fatores para isso é o bônus demográfico, que acontece quando a população em idade apta ao trabalho é bem superior ao número de idosos e crianças, cujo pico será por volta de 2020 a 2023. Outro ponto é o comportamento do brasileiro, que se mantém interessado em fazer compras.

Na visão de Stul, apesar da perspectiva positiva, é preciso que o varejista faça um plano amplo de negócios para conhecer muito bem a cidade em que pretende atuar. Além disso, é preciso entender quais são as demandas dos consumidores locais, os produtos mais procurados e nichos de mercado ainda pouco explorados para garantir o sucesso nas vendas e um crescimento saudável, mesmo na crise.

(Por Eletrolar.com) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM