A previsão para o Dia das Crianças, termômetro para o Natal, era pessimista, mas com a aproximação da data as expectativas se mostraram mais estáveis. Agora a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) emitiu uma nota prevendo que o Natal deste ano deve registrar a primeira queda nas vendas desde 2004.
A expectativa é que a movimentação financeira alcance apenas os R$ 32,2 bilhões, ou seja, uma queda de 4,1% em relação ao ano passado. O segmento de móveis e eletrodomésticos será um dos mais afetados pela significativa desvalorização cambial, pela inflação elevada e sobretudo pelo encarecimento do crédito. A previsão da CNC é que o setor apresente uma das maiores retrações em relação a 2014, com queda de 16,3% nas vendas.
Dos oito segmentos avaliados, entre eles hiper e supermercados, vestuário e calçados, farmácias e perfumarias, só há expectativa de crescimento das vendas no ramo de artigos de uso pessoal e doméstico, de 3,1%.
Fim do ano com menos empregos temporários
Diante desse cenário, a contratação de trabalhadores temporários deverá recuar. Embora o corte de 2,3% já esteja previsto no número de vagas em relação a 2014, a demanda sazonal por emprego no comércio varejista deve levar o setor a abrir 139,6 mil posições, destaca a CNC. Em média, o volume de vendas do comércio costuma crescer 35% no último mês do ano. A Confederação estima ainda que o salário médio de admissão poderá chegar a R$ 1.442,00.
Assim como nas vendas, a tendência de retração de vagas temporárias será liderada pelo ramo de móveis e eletrodomésticos (-10,5%), seguido por livrarias e papelarias (-5,0%) e pelas lojas de vestuário e acessórios (-4,9%). Apesar da expectativa de queda nas vendas de vestuário, esse ramo, somado ao varejo de hiper e supermercados e às lojas de artigos de uso pessoal e doméstico, deve responder por oito em cada dez temporários contratados para o Natal de 2015.
(Por NoVarejo – Escrito por Danilo Barba) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM