A rede de moda feminina Marisa comunicou a pouco que vai interromper as vendas diretas – canal lançado em 2012 para aumentar a capilaridade da varejista.

Segundo a empresa, a medida tem por objetivo concentrar os esforços da empresas em negócios mais maduros e reduzir as iniciativas que têm tomado energia da companhia, mas que ainda são incertas, ainda mais frente ao aumento do nível de incerteza e da deterioração do cenário econômico atual.

Segundo o presidente da empresa, Marcio Goldfarb, a crise pesou. “A crise econômica enfrentada pelo país, sem precedentes na nossa história recente, foi fator decisivo para descontinuarmos a operação de Venda Direta da Marisa Lojas”, disse, em comunicado.

Adalberto Santos, CFO da rede, explicou que o investimento em vendas diretas veio por conta do potencial de vendas e rentabilidade da operação, bem como pela capilaridade e projeção de marca que o canal oferece.

“No entanto, a degradação acelerada do ambiente de consumo faz com que o retorno do projeto se torne por demasiado longo. É importante mantermos o foco na busca de eficiência nas nossas operações mais maduras e ampliarmos a nossa capacidade de geração de caixa”, disse Santos, em comunicado.

A decisão também pode estar relacionado ao fato de a rede ter conseguido atingir antes do prazo bons resultados do e-commerce. O canal teve dois dígitos de crescimento no segundo trimestre, um resultado que contrasta fortemente com o desempenho da companhia (expansão de 3,5% no ano passado e queda de 2,6% no segundo trimestre de 2015).

Para acelerar a rentabilidade do site, a empresa investiu em tecnologia, com uma interface mais moderna e interativa, que possibilita identificar as preferências do consumidor e oferecer uma navegação mais personalizada ao cliente.

(Por NoVarejo – Escrito por  Camila Mendonça) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM