Com a expectativa de que os preços de computadores, smartphones, tablets e outros eletrônicos subam até 10% em dezembro, o setor vai centrar esforços para salvar as vendas de Natal deste ano na Black Friday, promoção que virou tradição em novembro.

O aumento nos preços, calculado pela Abinee (associação do setor), baseia-se no retorno da cobrança de 9,25% de PIS/Cofins, que passará a incidir sobre a maior parte dos varejistas do setor.

O tributo havia sido zerado pelo programa de inclusão digital, criado em 2005, no governo Lula. A isenção foi o principal alvo do pacote anunciado pelo governo federal para arrecadar R$ 11,3 bilhões em 2016 (veja detalhes no quadro ao lado).

A medida passa a valer em 1º de dezembro, a poucas semanas do Natal. É parte de medida provisória publicada pelo governo e precisa ser aprovada pelo Congresso.

A Receita, que espera arrecadar R$ 6,7 bilhões no ano que vem com essa mudança, afirma que a alta nos preços deve ser inferior à do tributo.

O governo afirmou que o incentivo não era mais necessário porque seus principais objetivos foram cumpridos: redução dos preços dos produtos de informática e combate ao contrabando.

Em 2014, o setor de bens de informática faturou R$ 18,5 bilhões, mas a previsão para o segundo semestre deste ano, antes da elevação de tributos, já era de queda de 15% em relação ao mesmo período do ano passado. Com preços maiores, a expectativa é que as vendas caiam até 25%, de acordo com a Abinee.

(Por Eletrolar.com) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM, Black Friday