Apesar da melhora do movimento em julho em comparação a junho, as pessoas estão indo menos às compras neste ano, observam empresas especializadas na contagem de clientes.
No acumulado deste ano até o mês passado, houve recuo do fluxo de 7,79% em lojas de rua e 5,01% nas unidades em shoppings. O IDV registrou uma queda real de 0,9% nas vendas até junho.
“Os shoppings fizeram muitas promoções e atividades e o movimento também avançou nas lojas de rua”, diz Heloisa Cranchi, diretora da Virtual Gate, que tem 1.500 pontos com câmeras. “O fluxo em shopping, porém, ficou praticamente estável em relação a julho de 2014, que já havia sido um mês péssimo, influenciado pela Copa.”
Aparelhos eletrônicos informam os lojistas quantas pessoas veem a vitrine e entram, quais as áreas internas quentes e como está o atendimento. “Com as informações, trocar produtos de lugar pode aumentar resultados”, diz. O serviço é oferecido a partir de R$ 200 mensais.
“Os consumidores estão é deixando de comprar”, diz Francisco Forbes, presidente da concorrente Seeds.
Na rede Calvin Klein, a taxa média de conversão subiu 30% no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2014, graças à migração de visitantes, que caiu nas lojas e cresceu nos outlets.
“A ferramenta nos ajuda a decidir que investimentos adicionais e ações de marketing fazer para alavancar as vendas, e até eventualmente fechar uma loja que não esteja com o desempenho tão bom”, diz Frederico Silveira, diretor da rede.
A Calvin Klein tem 42 lojas no Brasil, sendo sete com contadores de clientes.
Consultadas, as redes Sephora, Starbucks e The North Face confirmaram que usam esse tipo de tecnologia, mas afirmaram que seus dados são confidenciais.
(Por Folha de S.Paulo) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM, Shopping Center