De janeiro a março, 35 itens básicos apresentaram um aumento de 8,3% nos preços em lojas com até quatro caixas em relação ao ano anterior. Nos hipermercados e supermercados, essa alta foi menor, de 6,7%. Os dados são de um estudo da GfK sobre o segmento de minimercados, cuja quinta edição foi lançada neste mês. A pesquisa se baseia em visitas mensais a 1.920 lojas com até quatro caixas.

“A diferença de preços entre os canais estava sendo reduzida nos últimos anos e esperávamos que continuasse assim. Para nossa surpresa, ela se distanciou”, afirma Marco Aurélio Lima, diretor da GfK para o setor de varejo.

Nos últimos cinco anos, a maior variação foi verificada em 2013, quando os preços nos minimercados subiram 13,7%, abaixo da elevação nos supermercados e hipermercados, que atingiu 15%.

Pelos dados do último levantamento, os 35 produtos pesquisados custavam R$ 210,20 nas pequenas lojas de vizinhança em março deste. Já nos supermercados e hipermercados,o valor registrado foi de R$ 204,55 – uma diferença de 2,8%. “Historicamente, esse ‘gap’ não passava de 1% a 1,5%”, diz Lima. No ano anterior, os valores eram de R$ 194,22 e R$ 191,73, respectivamente, diferença menor, de 1,28%.

Os reajustes de preços, na avaliação de especialistas, refletem a necessidade de repassar pressões maiores nos custos, num ambiente de demanda fraca. Em comparação com as grandes redes, as pequenas lojas têm menor capacidade de absorver aumentos de despesas (como energia e água), então um dos caminhos é repassar parte dos aumentos para as tabelas.

Segundo a GfK, 33% das lojas de vizinhança esperam um 2015 pior que 2014, o menor índice da série, iniciada em 2011. Segundo a pesquisa, a maior preocupação da pequena loja, para manter rentabilidade hoje, é ter que praticar preços sugeridos pela indústria.

(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM