BRASÍLIA – O relator do processo de fusão entre Sadia e Perdigão no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Carlos Ragazzo, rejeitou a operação. Ao ler seu voto durante sessão de julgamento na tarde dessa quarta-feira, ele disse que a união entre as duas empresas no mercado brasileiro – que criou a BRF – Brasil Foods – representa danos à concorrência e aos consumidores. Ele lembrou que Sadia e Perdigão são donas de mais de 50% de todos os mercados de alimentos processados no país.
– Não são supérfluos, são produtos que atendem às necessidades mais básicas da população, são alimentos. Esse ato tem o potencial de gerar muito mais danos do que benefícios à sociedade. Uma fusão anticompetitiva tem os mesmo efeitos de um cartel – disse Ragazzo ao ler seu voto.
Ele lembrou que as empresas já haviam assinado um acordo com o Cade logo que anunciaram a fusão justamente para garantir que não houvesse danos aos negócios caso a operação fosse rejeitada pelas autoridade de defesa da concorrência. Ragazzo também criticou as empresas e disse que tentaram até o fim conseguir a aprovação da fusão sem abrir mão significativa de partes do negócio para permitir sua aprovação com restrições.
– Os custos das empresas são, em parte, minimizados pelo acordo que foi firmado com o Cade – disse Ragazzo.

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