A 10ª edição do estudo Global Retail Development Index (GRDI), desenvolvido anualmente pela consultoria A.T. Kearney, que analisou as condições econômicas em 30 países emergentes, revela que neste ano o Brasil subiu quatro posições e agora é o mercado mais atraente para empresas varejistas globais que buscam oportunidades de negócios. Com isso, desbancou a China, que, em 2010, ocupava a posição número 1 do ranking e no levantamento atual caiu cinco posições. “O Brasil entra com maior força no radar de grupos varejistas internacionais”, diz Markus Stricker, sócio da A.T. Kearney no País.

O estudo leva em consideração 25 indicadores, distribuídos em quatro grandes grupos: riscos econômicos e políticos, atratividade do mercado, saturação e pressão do tempo (diferença entre o crescimento do Produto Interno Bruto e do varejo).

Entre os fatores que levaram o Brasil ao topo do ranking, estão a expectativa de a economia crescer a taxas anuais de 5% nos próximos cinco anos, a alta concentração da população em área urbana e, claro, a curva ascendente do varejo nacional daqui para frente.

De acordo com Stricker, as oportunidades se concentram nas redes varejistas de alimentos, vestuário e eletroeletrônicos. “As perspectivas de crescimento para o futuro e a continuidade do aumento de renda das famílias facilitam os investimentos de médio e longo prazos no Brasil. Outro ponto importante são as melhorias na infraestrutura brasileira, o que indica horizonte positivo”, explica. “Uma empresa que não tem experiência no mercado brasileiro deve buscar uma parceria local”, afirma o executivo.

Para ele, a busca por países emergentes é uma alternativa essencial para o crescimento de grandes grupos, já que os mercados da América do Norte e da Europa estão saturados.

A lista conta ainda com mais três países sul-americanos: Uruguai, Chile e Peru. Eles ocupam, respectivamente, a 2ª, 3ª e 8ª colocações no ranking dos países mais atraentes para o mercado varejista. De acordo com Stricker, isso é resultado da expressiva melhora no desenvolvimento da região.

(Por Folha de São Paulo e Exame.com)