O comércio eletrônico nacional, que deve movimentar R$ 69,6 bilhões até o final de 2014 (crescimento de 21% em relação a 2013, quando movimentou R$ 57 bi), deve crescer mais 17% no ano que vem, alcançando R$ 81,3 bilhões. Dados abrangem as compras em sites de dentro e fora do País e integram pesquisa mundial sobre hábitos de consumo da PayPal divulgada nesta terça (25).
Estudo estima ainda que em 2016, as transações do e-commerce brasileiro chegarão a R$ 92,9 bi (+14%). As compras via dispositivos móveis ocuparão uma parcela cada vez maior desse total e batem a marca de +45% em 2015 e +42% no ano seguinte, correspondentes a R$ 10,6 bi e R$ 15,1 bi, respectivamente. Para 2014, estimativa é que o e-commerce transacione R$ 7,3 bi (+50% em relação a 2013, quando movimentou R$ 4,8 bi)
Nos últimos doze meses, 70% dos usuários de Internet no Brasil consumaram uma compra. Destes, metade comprou internacionalmente, 46% compraram em sites dentro e fora do País e 4% compraram apenas no exterior.
Para o diretor de marketing do PayPal para a América Latina, Renato Pelissaro, esta é a estimativa mais abrangente do mercado e prova que a internacionalização é acentuada no comportamento do consumidor online brasileiro.
“O e-commerce nacional tem robustez nas compras no exterior e os volumes de compras de quem o faz dentro e fora do País tendem a ser maiores. Este setor no Brasil é maior do que imaginávamos”, disse.
Setores e destinos
Para o ano que vem, o setor de produtos para bebê cravou a maior projeção de crescimento (+18%), seguido dos gêneros alimentícios (+17%), e lazer & hobbies (+16%). Para Pelissaro, este resultado se explica porque são segmentos menores, mais novos, menos consolidados e, portanto, enfrentam um caminho de crescimento mais acessível.
A exemplo da maioria das pesquisas referentes ao e-commerce brazuca, o vestuário continua na liderança também entre as compras além das fronteiras territoriais, com 50% do total de conversões. Em segundo lugar, estão os eletrônicos (36%) e em terceiro, produtos de beleza (27%).
Os e-commerces preferidos dos brasileiros estão localizados na China (31%) e nos Estados Unidos (28%).
Motivações, barreiras
A pesquisa desdobrou também o que motiva o brasileiro a comprar na Internet de outros países: 56% é atraído por frete grátis, 46% por preços baixos e 45% por meios de pagamento seguros.
Por outro lado, o que afasta os clientes online (tanto quem compra cross-border – em sites de de fora do País – quanto os que consomem apenas nacionalmente) são períodos de entrega demasiadamente demorados, custos de transporte para entrega e preocupação com impostos específicos de cada Pais.
(Por No Varejo – Escrito por Rômulo Madureira) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM