Duas das novidades divulgadas pela Rakuten durante seu evento de e-commerce foram a meta de chegar a 2,3 mil lojas até o final do próximo ano (o que corresponderia em números atualizados a 10% do market share do e-commerce brasileiro) e a construção de um armazém que poderá ser utilizado para todos os varejistas que usam a plataforma, projeto intitulado “Fulfillment” e que pretende reduzir o valor do frete em até 50%.

O CMO da Rakuten Brasil, Ricardo Jordão explicou na coletiva de imprensa que a ideia do armazém foi baseada no que faz a Amazon já nos Estados Unidos. A Rakuten será a primeira empresa no Brasil a oferecê-lo, com o objetivo de baratear o custo para o pequeno e-varejista, para que ele possa focar sua energia em melhorar o atendimento ao cliente, em cursos, descrições de produtos e imagens de qualidade.

O projeto, com planejamento de conclusão até o final do ano que vem, abrange um armazém em São Paulo e outro em Barueri, nos quais o pequeno empreendedor pagaria pelo metro quadrado, custo do manuseio e envio, viabilizando através da logística mais barata e eficiente a competição das PMEs com players maiores.

No ano passado, nessa mesma época, a Rakuten tinha 600 lojas eletrônicas no Brasil. Hoje tem 1,2 mil. Continuando os comparativos, em 2004 a Rakuten Japão faturava US$ 2 bilhões. Em 2013, faturou US$ 15 bi.

De acordo com Jordão, a personalização é uma das receitas de sucesso da plataforma. “Nossos lojistas escrevem as cartas à mão agradecendo o cliente. Isso faz toda a diferença”, diz.

Em julho, a Rakuten segmentou a prestação de serviços e lançou nove plataformas verticais, divididas por conteúdo. Dentre elas, a mais bem sucedida coincide com a que tem mais sucesso também no e-commerce geral: moda e acessórios, que fatura 30% do total ganho pela Rakuten Brasil.

Na mesma entrevista, o CEO da Rakuten Brasil, Ken Okamoto revelou que, se for necessário para crescer, a empresa japonesa poderá fazer novas aquisições no Brasil. Foi como ela chegou no País, com a compra da Ikeda, em 2011 e é a forma com que tem atuado em todo o mundo. Desde o começo de 2013, a Rakuten adquiriu 18 novas empresas em todo o mundo. A maior transação aconteceu no mês passado, a compra do site de recompensa norte-americano Ebates, por US$ 1 bilhão.

(Por No Varejo – Escrito por  Rômulo Madureira)