O segmento de atacado registrou expansão real de 4,4% nas vendas em 2013, com alta nominal de 10,6%, alcançando faturamento de R$ 197,3 bilhões, informou nesta segunda-feira a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad).

O crescimento acima da inflação reflete, na visão da Abad, uma busca do consumidor por canais de venda com preços mais competitivos em um ano em que o nível de endividamento das famílias e aumentos de preços de alimento s reduziram o poder de compra da população.

O “atacarejo”, formato de loja de atacado que vende também produtos ao consumidor pessoa física, tem preços abaixo da média de mercado.

Em 2013, as redes de atacado responderam por 52% das vendas do setor de bens como alimentos, bebidas e higiene e beleza no país. Em 2012, essa taxa foi de 51,9%, informou a Abad. Ou seja, a taxa se manteve praticamente estável de um ano para o outro.

“Esperamos aumento de vendas e rentabilidade para as empresas de atacado neste ano”, disse o diretor de atendimento ao varejo da consultoria Nielsen, Olegario Araújo, em apresentação de dados aos associados da Abad.

2015

Passado o ano de 2014, o país precisa viver um período de ajustes em 2015, especialmente pela necessidade de reformas político-econômicas no próximo ano, que acabam adiadas em anos eleitorais, disse Jose do Egito Frota Lopes Filho, presidente da Abad.

“O ano de 2015 é uma interrogação muito grande ainda”, disse ele.

A associação estima alta de 3,5% nas vendas reais do setor em 2014, abaixo da expansão de 4,4% em 2013. “Estamos com uma previsão mais pé no chão para 2014”, disse ele. De janeiro a março, o segmento teve alta real nas vendas de 3%.

Ranking

A rede Makro se manteve como a maior rede do setor atacadista no país em 2013, fato que se repete há cinco anos, segundo a Abad.

O ranking não inclui os dados do Atacadão, do grupo Carrefour, que não informa os números ao mercado. O Makro apurou vendas de R$ 7,43 bilhões no ano passado, alta de 9,8%.

Ao se considerar as estimativas de vendas do Atacadão, a rede do Carrefour fica na liderança – analistas estimam que a companhia tenha faturado cerca de R$ 18 bilhões em 2013.

Pelo ranking informado hoje, seguido do Makro, está o grupo Martins (passou da quarta para segunda posição, com R$ 4,4 bilhões em vendas) e, em terceiro lugar, a Profarma (mesma colocação de 2012), que apurou vendas de R$ 3,5 bilhões em 2013.

(Por Valor Econômico) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM