A Sony anunciou nesta quinta-feira que irá cortar cerca de 5.000 empregos até o fim do ano fiscal de 2014, que termina em março no Japão. Desse total, 1.500 funcionários serão demitidos no país asiático e 3.500 no exterior. A empresa japonesa também anunciou um corte de projeções para o ano fiscal. A Sony antecipou perdas de 110 bilhões de ienes (o equivalente a 1,08 bilhão de dólares) para o período – a estimativa anterior era de um lucro de 30 bilhões de ienes, ou 295 milhões de dólares.

Apesar da revisão negativa, a Sony anunciou um lucro líquido de 27 bilhões de ienes (266 milhões de dólares) no terceiro trimestre do ano fiscal, referente ao período de outubro a dezembro do ano passado. No mesmo período de 2012, a empresa havia registrado prejuízo correspondente a 106 milhões de dólares.

As previsões, contudo, são de que a empresa continue a sofrer perdas no segmento de negócios eletrônicos. Frustrados com o ritmo de recuperação, investidores e analistas pediram que a companhia tome ações drásticas, incluindo a venda de divisões, mais cortes de custos e fechamentos de fábricas.

Atendendo à exigência dos acionistas, a Sony confirmou que irá negociar a unidade que fabrica a linha Vaio de computadores pessoais com a Japan Industrial Partners. O acordo definitivo deve ser concluído até o fim de março, afirmou a empresa.

“A Sony espera que essas medidas resultem em reduções do custo anual fixo em mais de 100 bilhões de ienes (ou 985 milhões de dólares), a começar no ano fiscal de 2015”, afirmou a fabricante japonesa em documento.

Concorrência – A Sony entrou no mercado de PCs em 1996 e, desde então, vendeu nove milhões unidades de computadores em seus melhores anos. Contudo, as vendas caíram para 5,8 milhões em 2013, segundo o jornal Nikkei. De acordo com a consultoria IDC, a Sony está em nono lugar entre os maiores fabricantes de PCs do mundo, com participação de mercado de apenas 1,9% no primeiro trimestre de 2013.

Assim como outras fabricantes que atuam no mercado de PCs, a Sony enfrenta um duro golpe por conta do aumento da demanda por tablets e smartphones. Embora não substituam os notebooks e computadores de mesa, a demanda por smartphones e tablets aumenta de forma crescente em todo o mundo.

[Fonte: VejaVarejo, Núcleo de Estudos do Varejo, Núcleo de Estudos e Negócios , Retail Lab