Realizada entre junho e julho de 2013, a pesquisa contou com a participação de 214 empresas supermercadistas, cujo faturamento somado atinge R$ 83,1 bilhões (equivalentes a 34% do setor). O levantamento verificou que as perdas nos supermercados brasileiros representaram 1,95% do faturamento do setor (equivalentes a aproximadamente R$ 4,74 bilhões). A queda foi pequena em comparação com o índice de perdas de 2011, que registrou 1,96%.

A apuração dos dados foi feita pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados) em parceria com o Grupo de Prevenção de Perdas do Programa de Varejo da Fia/Provar, o Ibevar (Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo) e a Nielsen do Brasil.

A pesquisa também apontou as perdas nas principais seções dos supermercados. De acordo com Marcio Milan, vice-presidente da Abras, a área mais crítica em termos de desperdícios é a de FLV (frutas, legumes e verduras), que em 2012 registrou perdas de 4,22%. Outra seção com índice de perdas alto foi a de padaria, com 2,37%. No açougue, o índice é de 2,24%. “Há ainda áreas menos importantes em termos de faturamento do setor, mas que apresentaram resultados expressivos de perdas, como as de perfumaria (1,49%) e bazar (1,42%)”, complementou.

No ano passado, a principal causa de perdas constatada pela pesquisa foi derivada da quebra operacional (33,4%), seguida por furtos externos (21,4%), furto interno (13,1%), erros administrativos (12,7%), problemas com fornecedores (11,4%) e outras causas (8,1%). Entre as quebras operacionais, a principal causa de perdas nos supermercados foram os produtos com validade vencida (36,3%), itens danificados por clientes (18,8%) e mercadorias danificadas pelos próprios colaboradores (17,8%).

A pesquisa destacou que apenas 28% dos supermercados entrevistados possuem área específica de prevenção de perdas. Nesas empresas, a principal medida para evitar as perdas é o treinamento dos colaboradores, que representou 32% das iniciativas, seguido pela introdução de processos mais cuidadosos no recrutamento e seleção de funcionários (27% das ações adotadas pelos supermercadistas).

Outras práticas adotadas são: elaboração de uma política de prevenção de perdas (21,5%) e a comunicação em murais, avisos, jornais, revistas e artigos, com 15,9%.

Já em relação aos equipamentos mais utilizados para prevenir as perdas, os circuitos internos de TV (CFTV) são os mais utilizados pelos supermercados (40,7% dos entrevistados); em segundo lugar estão os alarmes de segurança, utilizados por 31,3% dos supermercadistas, seguido por uso de coletor de dados para realização de inventários (22,2% dos entrevistados afirmaram utilizá-lo).

(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo