Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na última semana de maio, revelaram que o consumo das famílias brasileiras apresentou queda de aproximadamente 0,1% durante os três primeiros meses do ano, em relação ao último trimestre de 2012. A inflação, o crédito bancário mais seletivo e a volta do IPI sobre automóveis são alguns dos motivos apontados por especialistas para explicar a ligeira baixa e o crescimento de apenas 0,6% da economia brasileira, durante o mesmo período analisado.

Entretanto, a baixa no consumo das famílias e o índice apontado pelo Instituto não devem alterar significativamente as vendas no varejo. “Por enquanto, não há motivos para o mercado varejista se preocupar com esses dados. As alterações nas vendas são, por hora, sazonais”, explica o consultor da FecomércioSP, Altamiro Carvalho.

A coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, em entrevista coletiva, explicou que o país não pode dispor de uma política de crescimento desenfreada pelo consumo. “Precisamos de certa estabilidade”, ressaltou a coordenadora, salientando que, apesar dos dados, em um primeiro momento, parecerem preocupantes, essa retração no consumo das famílias brasileiras é um fenômeno natural da economia.

(Por No Varejo) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo