Grandes redes varejistas estão mirando cidades menores, com cerca de 130 mil habitantes e longe das capitais, para expandir a sua cadeia de hipermercados. A mudança de rumo foi iniciada nos últimos dois anos, desencadeada pelo elevado custo de expansão dos grandes centros, combinado com o movimento de ascensão das classes com menor renda.

Das 12 lojas com a bandeira Extra inauguradas pelo Grupo Pão de Açúcar no ano passado, por exemplo, oito ocorreram em cidades pequenas. No caso do Walmart, cinco das oito lojas neste formato abertas no ano passado estão em municípios com menos de 140 mil habitantes.

“Cinco anos atrás, se você me perguntasse se eu iria para Paulínia (interior de São Paulo), eu diria que era uma cidade muito pequena. Hoje eu já estou lá”, afirma José Roberto Tambasco, diretor vice-presidente de negócios do varejo do Grupo Pão de Açúcar. Da mesma forma, Rafael Vasquez, vice-presidente do Walmart Brasil, conta que, até 2010, a prioridade das inaugurações dos hipermercados Walmart era os grandes centros. Agora, isso mudou.

A explicação das redes para esse movimento em direção aos municípios menores são os custos elevados que há nos grandes centros. “O investimento na aquisição de um grande terreno na cidade de São Paulo, por exemplo, é mais que o dobro do que num município do interior do Estado”, compara Vasquez.

(Por Estado de Minas) Varejo, Núcleo de Estudos do Varejo, Retail Lab