A força dos resultados da Hypermarcas poderá levar a empresa a patamares excepcionais neste ano, auxiliada pelo aumento do poder de consumo do brasileiro.

No quarto trimestre, a empresa registrou lucro líquido de R$ 124,7 milhões, alta de 151% em comparação com os R$ 49,6 milhões obtidos no mesmo período do ano anterior.

Além disso, no ano de 2012, a companhia conseguiu reverter o prejuízo de R$ 54,7 milhões em 2011 para ganhos de R$ 203,9 milhões.

Ariovaldo Santos, chefe da mesa de operações da Hencorp Commcor Corretora, destaca o bom desempenho. “Todas as marcas que a companhia possui, desde fraldas, remédios e mesmo o setor de consumo, são de primeira necessidade ao consumidor. Ou seja, enquanto o trabalhador estiver com renda, o setor vai ser impulsionado cada vez mais”, explica.

Durante o ano passado, a empresa implementou iniciativas que fizeram com que o lucro disparasse, investindo em produtos de maior valor agregado. Em 2011, a companhia vendeu sua divisão de limpeza e de alimentos, o que gerou crescimento orgânico, sustentável e rentável, com geração de caixa, além de reduzir o endividamento.

“Todas essas iniciativas melhoraram a estratégia comercial e elevou a demanda por produtos. Com o alto nível dos negócios, elevado patamar de emprego e renda e expectativa de bom desempenho da economia brasileira em 2013, esperamos que a companhia continue tenho desempenho satisfatório”, pontua Karina Freitas, analista da Concórdia, em relatório.

Na visão dos analistas do HSBC, Luciano Campos e Caio Moscardini, apesar do mix de vendas menos favorável, a Hypermarcas conseguiu superar as estimativas de margem bruta, implicando que os esforços para consolidar suas plataformas de fabricação e logística, a construção do centro de distribuição em Goiânia e a racionalização da carteira da divisão de consumo (que ainda está em andamento) estão dando frutos mais rápido que o esperado.

Diante do bom desempenho da companhia, as ações HYPE3 subiram 3,13% nesta quinta-feira (7/3), cotadas a R$ 18,15.

Para Luiz Eduardo Borges, analista gráfico da Strategicinvest e da Técnica Assessoria, o papel está próximo de romper uma resistência (ponto que, se superado, indica a possibilidade de continuidade de movimento de alta da ação), que está em R$ 18,28.

“A ação vinha de um movimento lateral desde novembro até romper uma resistência em R$ 17,12 no final de fevereiro. Depois disso, o papel começou a subir bastante com a expectativa do resultado”, diz o analista gráfico.

Segundo ele, o papel está em tendência de alta desde novembro de 2011, disparando 147% até hoje. No entanto, Borges recomenda a compra apenas quando a ação romper os R$ 18,28, partindo para buscar os R$ 21,54.

Caso o pessimismo prevaleça, o suporte (patamar que, se perdido, aponta para uma chance de queda em sequência) encontra-se em R$ 17,12. Neste caso, o momento de parar para não gerar perdas ficou estabelecido em R$ 17.

(Por Brasil Econômico) Varejo, Núcleo de Estudos do Varejo, Retail Lab