Walmart se juntou a um crescente grupo de empresas varejistas, restaurantes e fabricantes de produtos de consumo dos EUA preocupadas com o impacto econômico do recentemente restaurado imposto federal sobre a folha de pagamento, que deixou os norte-americanos com menos dinheiro para gastar.

A maior varejista do mundo, o Burger King, a Kraft Foods e outras empresas estão reduzindo previsões e ajustando as vendas e estratégias de marketing diante da expectativa de que consumidores com pagamentos menores comam menos vezes fora de casa e passem a comprar itens mais baratos.

O fim da isenção do imposto, que eliminou 2% do salário que os norte-americanos levam para casa, está tendo impacto, segundo essas empresas. A analista Deborah Weinswig, do Citigroup, calcula que uma família com renda anual de US$ 65 mil perderá US$ 1,3 mil neste ano e que, no total, US$ 110 bilhões serão tirados das mãos dos consumidores.

O Walmart está ampliando os estoques de produtos mais baratos e o Burger King baixou o preço do sanduíche Whopper Jr. de US$ 2,00 para US$ 1,29 e decidiu concentrar as propagandas em produtos com preços mais baixos, em vez das elaboradas saladas e smoothies. Enquanto isso, a Kraft Foods e a Tyson Foods estão introduzindo produtos mais baratos para ajudar os restaurantes e supermercados a se adaptarem à redução dos gastos dos consumidores.

Há dois anos, quando o imposto sobre folha de pagamento foi reduzido como um estímulo à fraca economia, os restaurantes informaram que o dinheiro extra no bolso dos consumidores estava impulsionando seus negócios. Agora as redes de alimentação se preocupam com o impacto que a ausência daquele dinheiro pode ter. As informações são da Dow Jones.

(Por Estadão) Varejo, Núcleo de Estudos do Varejo, Retail Lab