Os self-checkouts, caixas que dispensam funcionários, já foram testados algumas vezes em supermercados do Brasil, mas nunca chegaram a emplacar. A cultura de atendimento do País, somada aos salários modestos tradicionalmente pagos aos operadores, costuma servir de justificativa  ao contrário do varejo norte-americano e europeu, onde os caixas sem atendentes são comuns há algum tempo  em uma loja da rede Real na cidade alemã de Bonn, por exemplo, 13% das vendas são registradas nesses equipamentos. Quem desafia essa escrita é o Super Muffato. Desde o final do ano passado, a rede paranaense implantou quatro selfcheckouts como opção para os clientes de uma de suas lojas de Londrina. Everton Muffato, diretor do Grupo, acredita que o investimento na tecnologia deve marcar uma mudança no comportamento do consumidor na hora de concluir as compras. “Ele passa de expectador para agente de todo o processo”, afirma. O sistema, desenvolvido e implantado pela RMS , é resultado de dois anos de estudo, testes e adequações para a realidade brasileira. Segundo a rede paranaense, não significará redução da mão de obra: seis operadores foram selecionados para supervisionar e orientar os clientes na utilização do autocaixa. No lugar deles, outros seis profissionais foram contratados. Ainda neste primeiro trimestre, mais lojas Muffato em Londrina devem passar a contar com self-checkout. Segundo a RMS , o sistema evita filas, agilizando em 20% o atendimento no caixa.

(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo