A Claybom se repaginou e retomou os investimentos em marketing para conquistar mercado e chegar ao segundo lugar entre as margarinas. Com um público-alvo redefinido, foco nas mulheres modernas, mudança na identidade visual e reformulação nas embalagens, a marca da BRF pretende resgatar a força que tinha no passado, aproveitando o grande recall do seu nome entre os consumidores. O segmento é liderado pela Qualy, também da BRF, que possui quase 35% de market share. Por isso mesmo, a nova Claybom tem como meta disputar com Delícia e Doriana pela segunda colocação.

A marca foi criada na década de 1950 e com mais de 60 anos de história passava por um momento de praticamente abandono. Em 2007, quando passou a fazer parte do portfólio da BRF, o nome Claybom não tinha mais a mesma penetração e seu share foi diminuindo até chegar a 1% de participação, registrado em 2011.

A partir de pesquisas, a divisão de marketing da BRF percebeu que havia muito espaço para o mercado de margarinas voltadas para o uso culinário, segmento ainda não ocupado por uma marca de peso. As pesquisas indicaram também que a Claybom se mantinha no imaginário do consumidor. Estas informações foram o estopim para iniciar o plano de reposicionamento do produto.

O desafio da empresa tem duas frentes: de um lado desenvolver o mercado de uso culinário da margarina, considerado pequeno no Brasil quando comparado a outros países. Do outro lado, o desafio era rejuvenescer a Claybom sem prejudicar a lembrança que o consumidor tem da marca.

“Nas nossas pesquisas, percebemos uma lacuna muito grande da questão do uso culinário da margarina pela consumidora brasileira. Percebemos também a força da Claybom e o apreço que as pessoas têm por ela. Queremos educar e incentivar para o uso da margarina na culinária. Mas precisávamos de uma marca que pudesse facilitar este trabalho. A Claybom é perfeita para este propósito”, afirma Eduardo Berstein, diretor de marketing da BRF.

Uma nova margarina para uma nova consumidora

O primeiro passo para “relançar” a Claybom foi dar-lhe um posicionamento claro, dando destaque ao seu uso culinário, mas sem descartar que ela pode ser utilizada também para passar no pão. Por isso foi criado o mote “Claybom Para Tudo é Bom”. A empresa enfatiza a versatilidade do produto para atrair um perfil diferente de consumidora: mulheres mais jovens, entre 30 e 40 anos, que possuem diversas atribuições, trabalham, estudam e cuidam da casa.

Com isso, a marca se afastou das consumidoras mais velhas e modernizou sua linguagem. Sua identidade visual e suas embalagens foram atualizadas. O tradicional esquema de cores em tons de amarelo foi substituído por azul e verde para se diferenciar no ponto de venda. A imagem da menina que simbolizava a Claybom foi retirada, mas foi mantido o “Nhac”, som de mordida utilizado na comunicação da margarina.

As mudanças aconteceram também por dentro. O produto teve a sua receita reformulada e além do tradicional, chega ao mercado em dois novos sabores: Baunilha, mais adequado para confeitaria, e Alho & Cebola, recomendado para temperos. “É uma margarina cremosa e com sabor marcante para ser utilizada no pão, por exemplo, mas é também perfeitamente adequada para ser utilizada na culinária. Acredito que este foi o passo mais importante que demos, pois o produto realmente está muito bom e as pessoas perceberão este diferencial. Com isso, vamos atrair uma mulher que é mais versátil e não aquela dona de casa que unicamente cuidava da família”, explica o diretor de marketing da BRF.

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(Por Exame) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo