Com alta de 21% no primeiro semestre do ano, as vendas do comércio eletrônico (e-commerce), segundo analistas do setor, cresceram principalmente graças à entrada da classe C no serviço. Somente nos seis primeiros meses de 2012, cerca de 5,6 milhões de pessoas fizeram a sua primeira compra on-line, o que faz com que o País registre atualmente 37,6 milhões de consumidores pela Internet.

Neste segundo semestre do ano, é esperado que pelo menos 5,4 milhões de pessoas também comprempela primeira vez um produto on-line. Os produtos mais procurados são eletrodomésticos e artigos de saúde e beleza, e medicamentos.

Para Francisco Donato, executivo- chefe do Zoom, site de comparação de preços, um grande fator a considerar é a democratização da Internet. “O número de pessoas com acesso à Web é cada vez maior e atinge diversas classes sociais, que descobriram na Internet um ótimo canal para pesquisar produtos eeconomizar”, comenta.

Para o empresário, outro ponto é o investimento e amadurecimento das grandes marcas do varejo tradicional na rede, ocorrido nos últimos anos. “Também destaco o e-commerce de nicho e os sites de compra coletiva, que atuam em segmentos ainda não atendidos e possuem um tíquete médio mais baixo, o que encoraja a primeira compra on-line”, completa Donato.

Comportamento

De olho nestes números expressivos, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio- SP) lança hoje um estudo sobre o comportamento dos usuários brasileiros na Internet. “O comércio eletrônico está cada vez mais acessível. Se antes a classe C tinha alguma dificuldade, agora as redes sociais ajudam, divulgam e tiram as dúvidas de qualquer um”, diz Lilian Santezi, assessora jurídica da Fecomércio-SP.

Os dados da entidade serão apresentados no Congresso de Crimes Eletrônicos e Formas de Proteção, que está em sua quarta edição. “Muita gente ainda acha que o e-commerce é um negócio arriscado e as pessoas têm essa sensação de fragilidade, mas o Brasil tem avançado muito. Existem opções seguras de trabalho e um mercado tecnológico excelente, que protege tanto a empresa quanto o consumidor, e a tendência é termos uma maior confiança”, analisa Lilian.

(Por DCI) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo