As vendas no varejo tiveram alta de 5,7% em junho em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo levantamento do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV). A taxa ficou abaixo da projeção do IDV no mês passado, de 8,2%.

Em nota, o IDV explica que, assim como ocorreu em maio, o crescimento das vendas tem se baseado na expansão da rede de lojas, pois o crescimento no conceito mesmas lojas foi ruim, apenas 2,19%.

De acordo com o IDV, os varejistas mantiveram expectativa positiva por conta da manutenção de medidas de estímulo, como a prorrogação da alíquota reduzida do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para linha branca e móveis, redução do PIS/COFINS para massas alimentícias e corte dos juros, mas preveem crescimento menor nas vendas em relação a estimativa anterior.

O Índice Antecedente de Vendas IAV-IDV aponta expectativa de alta de 5,6% nas vendas em julho em comparação com o mesmo mês do ano passado. Em julho, o IDV estava em 9,7%. “O setor está respaldado, principalmente, pela expansão de renda e, ainda que em menor tom, pela expansão do crédito”, destaca o IDV, em nota.

Para os próximos dois meses, os associados estimam crescimento de 10,2% e 9,8%, respectivamente, em comparação com os mesmos períodos do ano passado. O crescimento segue sustentado sobre a expansão da rede de lojas, pois o aumento de vendas nas mesmas lojas estaria em 2,27% em julho, e com tímidos 1,92% e 1,58% em agosto e setembro, respectivamente.

O IAV-IDV mostra que, após desaceleração em julho, com crescimento de 3,5%, o varejo de bens não-duráveis continua a se destacar, com forte retomada a partir de agosto e setembro, com altas de 14,9% e 16%, respectivamente. Já o setor de bens semiduráveis (como vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos), que tem apresentado desempenho mais comedido em relação aos não-duráveis, tende a apresentar uma ligeira melhora a partir de julho. Em particular, as tradicionais liquidações das coleções de outono/inverno devem ser a tônica do período, com expansão entre 7,1% e 8,6% de julho a setembro.

No varejo de bens duráveis (como móveis, eletrodomésticos, material de construção, etc.), fortemente influenciado pela expansão de crédito, a perspectiva para julho é de alta de 8,4%, enquanto para os meses subsequentes as taxas de crescimento devem fechar em 9,8%.

(Por Estadão) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo