A inadimplência do consumidor aumentou 19,1% no primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (11) pela Serasa Experian.

Apenas em junho, o medidor de dívidas em atraso apontou alta de 15,4% ante o mesmo mês em 2011. No confronto com maio, contudo, houve leve queda, de 0,50%.

De acordo com a Serasa, o forte aumento da inadimplência deve-se ao crescente endividamento das famílias e ao descontrole ao assumir novas dívidas.

Dados da empresa mostram que a renda do consumidor está comprometida por dívidas caras (que cobram juros altos), como cheque especial e rotativo do cartão de crédito, e de alto valor, como aquelas contraídas para pagar veículos e imóveis.

Cada inadimplente carrega quatro dívidas não honradas, em média, e 60% deles têm contas a pagar acima de 100% de sua renda mensal.

“O patamar da inadimplência poderia ser superior, mas a evolução da renda e o desemprego baixo estão atenuando este cenário”, avalia a Serasa Experian em nota divulgada nesta quarta-feira.

Contas atrasadas
As dívidas não bancárias, como carnês, e as com os bancos, foram as principais responsáveis pela alta da inadimplência no primeiro semestre, com aumentos de 21,6% e de 22,1%, respectivamente, e contribuição de 8,6 pontos porcentuais (pp) e 10,9 pp para a alta de 19,1% no período.

Os títulos protestados aumentaram 6,3%. Já os cheques sem fundos registraram queda de 5,9%.

O valor médio das dívidas com os bancos apresentou queda de 1% no primeiro semestre do ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Já o valor dívidas não bancárias, os cheques sem fundos e os títulos protestados tiveram alta de 16,3%, 11,8% e 6,3%, respectivamente.

(Por G1 Economia) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo