Enquanto os consumidores formavam filas nas ruas para comprar o novo iPad, uma empresa que desmontou um dos novos aparelhos informava que a Qualcomm, Broadcom e Samsung Electronics haviam mantido seus papéis de destaque como fornecedores de componentes essenciais.

David Tarasenko, 34, gerente de construção que foi o primeiro comprador do iPad em uma loja da Telstra, em Sidney, à meia-noite, disse que desde que o presidente-executivo da Apple, Tim Cook, havia apresentado a terceira versão do tablet, ele estava ansioso por comprá-lo.

“Quando Tim Cook o anunciou, parecia tão mágico. Acho que me deixei convencer pela promoção”, disse.

O novo iPad representa evolução progressiva do tablet Apple, com processador mais poderoso e tela e câmera melhores, tornando a disputa mais difícil para concorrentes como o Galaxy, da Samsung.

Não foi divulgado como um produto revolucionário, ao contrário das versões anteriores, mas os devotos da Apple ainda assim estão formando filas para comprá-lo.

“O iPad já é um produto bastante maduro, e será difícil revolucioná-lo ainda mais”, disse Dickie Chang, analista do grupo de pesquisa IDC em Hong Kong.

“Para o futuro, agora com Tim Cook no comando, creio que ele terá de desenvolver um novo produto que imprima sua marca pessoal. Isso poderia acontecer na forma de um iPad menor e com duração de bateria mais longa, por exemplo”, acrescentou.

As vendas do novo iPad foram iniciadas na Austrália nesta sexta-feira e totalizarão 10 países nesta data, incluindo EUA, Canadá, Cingapura, França e Grã-Bretanha.

Grande parte dos países ainda não possuem redes de telecomunicações com capacidade de Internet de quarta-geração suportada pelo novo iPad, mas isso não impediu que pessoas viessem de diversos lugares para adquirir o produto.

“Vim da Rússia comprar um iPad para David, meu filho de três anos”, disse o jornaleiro Oleg Konovalov à Reuters, em Tóquio. “Todo mundo quer um iPad na Rússia, mas para comprá-lo eu teria de esperar meses”.

As vendas de tablets devem aumentar para 326 milhões de unidades em 2015, com expectativa de que a Apple continue dominando o mercado, segundo a empresa de pesquisas Gartner.

As ações da Apple passaram da barreira dos US$ 600 pela primeira vez na quinta-feira (15/3), somente um mês depois de terem chegado à casa dos US$ 500, também em caráter inédito.

(Por Brasil Econômico) varejo núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo