A rede de cafeterias Starbucks está investindo na expansão no mercado chinês. A empresa vem construindo uma nova loja a cada 15 horas. De acordo com Kevin Johnson, CEO e presidente da Starbucks, durante o Fórum Global da Fortune em Toronto, esta aceleração é uma das “três prioridades estratégicas” da rede. A empresa deve construir 600 novas lojas na China todos os anos, pelo menos nos próximos cinco anos.

Na China, mais de 60% das compras na Starbucks são pagas com meios digitais, por meio do app da rede e de parcerias com a Alibaba e a Tencent. Nos EUA, o percentual fica em torno de 40%, tornando a companhia a maior plataforma de pagamento móvel daquele mercado. Para o CEO, o relacionamento móvel-digital é um dos “elementos transformadores do varejo moderno”.

No entanto, a empresa não tem planos para criar um sistema próprio de pagamento, porque deseja focar em seu negócio principal. A rede firmou nova parceria com a Alibaba. A “Novo Varejo” prevê que a gigante chinesa leve tecnologias como inteligência artificial e integre estas inovações à experiência real das lojas.

A Starbucks atua na China há 20 anos. A princípio, a rede operava por meio de uma joint-venture no leste do país. Depois, começou a atuar no oeste. Em 2017, a companhia comprou a joint venture por mais de US$ 1 bilhão, unindo todas as 3500 lojas na China.

Para atuar no país, a companhia teve que fazer algumas adaptações. Johnson afirmou que a rede introduziu uma “cultura predominantemente de consumo de chá nas bebidas premium de café expresso”, a fim de atender ao paladar do público chinês.

Johnson disse que até agora a guerra comercial não teve um impacto significativo nos negócios na China, mas reconheceu que “a confiança do consumidor e a situação econômica podem ter abrandado um pouco”. Mas com planos de construir Johnson disse que “estamos jogando o jogo longo”.

(Por Mercado&Consumo) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM, Starbucks, China