Em 2017, se alguém tinha dúvidas de que o varejo seria o novo palco para a inovação, não teve mais. Foi no segundo semestre que a gigante Amazon comprou o Whole Foods, rede supermercadista especializada em produtos naturais e orgânicos. Já em 2018, tivemos a parceria da rede britânica Ocado com a Kroger, segunda maior empresa varejista dos Estados Unidos, para a ampliação da dinâmica de vendas online.

Na França, a partir de 2019, a rede de supermercados Carrefour irá iniciar a venda de produtos por voz, em parceria com o Google. Na China o gigante do comércio digital Alibaba investiu, desde 2016, cerca de 10 bilhões de dólares em grandes redes asiáticas como os supermercados SunArt, a loja de eletrônicos Suning e a loja de móveis EasyHome, entre outras.

No Brasil, o cenário de inovação no meio varejista segue guiado pelas centenas de startups que atuam no setor. Este é um mercado que ainda pode, e deve ser mais explorado. Dados da Abras (Associação Brasileira de Supermercados) afirmam que o segmento supermercadista faturou, no ano passado, cerca de R$353 bilhões. No entanto, a atuação online desses players persiste com a menor penetração no varejo digital, com cerca de R$ 1 bilhão de faturamento.

Sou empreendedor nesta área e, obviamente, vejo essa união com bons olhos. Além de mercadologicamente, esta convergência entre o chão de loja e o meio digital é enriquecedora para mim também enquanto consumidor. Com o modelo O2O (online-to-offline) lojistas e clientes têm o melhor dos dois mundos com mais uma gama de atuação e mais praticidade, respectivamente. Essa ponte entre os modelos de negócios permite a entrega de produtos frescos, como frutas, legumes e verduras, conhecidos como FLV, que pode ser mais dinâmica e eficiente.

Essa união entre os modelos tradicionais como as redes varejistas e o novo como marcas do varejo digital tal qual Alibaba e Amazon mostra que há uma saída. Digo isso pois muito se diz em relação ao fim das lojas físicas, mas, vendo estes exemplos que citei fica claro que o sistema “offline” pode se digitalizar, sem perder sua essência, e crescer.

Por aqui, acredito que grandes players e startups brasileiras devem seguir o processo que vemos das parcerias entre os gigantes cases internacionais. Apenas assim conseguiremos levar ao consumidor um serviço que converse com ele agora, pensando no que ele precisará no futuro.

*Marco Zolet é CEO e fundador da Supermercado Now, plataforma de supermercado online referência no setor que surgiu para facilitar a compra de bens básicos e recorrentes, com comodidade, rapidez e com melhor custo benefício.

 

 

 

 

 

(Por Piar Comunicação)