O mercado brasileiro de terminais de pagamento ganhou recentemente o apelido de “guerra das maquininhas”, com número de players crescente e estratégias de marketing cada vez mais incisivas na tentativa de abocanhar um mercado promissor – principalmente entre as pequenas e médias empresas. Neste ambiente, a Cielo anunciou hoje sua nova “arma” de comunicação, que coloca a máquina multiuso LIO na linha de frente de seu portfólio.

Lançada oficialmente em 2016, a LIO não é mais uma maquininha nova, mas ainda é consideravelmente desconhecida. Ela é diferente dos terminais tradicionais porque traz uma plataforma interna, alimentada por sistema operacional próprio CieloOS – baseado em Android. Segundo a própria fabricante, é uma espécie de smartphone para o varejo, já que permite a criação de uma infinidade de aplicativos para melhorar a experiência.

Com tela touchscreen e conexão wifi e 3G, a LIO oferece, além do leitor de meios de pagamento, funcionalidades como calculadora embutida, sistema de gestão de estoque, leitor integrado de código de barras, acesso ao chat de atendimento diretamente pela máquina e outros serviços criados por desenvolvedores parceiros. Todos os apps acessíveis pela LIO também o são via dispositivos Android.

Essas funcionalidades “smart” são a grande aposta da Cielo para viabilizar o alastramento de uma máquina que, em si, é relativamente mais cara que os modelos tradicionais (“burros”). No plano comum “do seu jeito”, o cliente Cielo paga R$ 20 a mais na mensalidade para ter a LIO – que também oferece as opções de planos dos outros produtos Cielo (“controle” e “selo livre”).

Segundo os porta-vozes da empresa, a conveniência compensa. em evento para a imprensa, Danilo Caffaro, Vice-Presidente de Produtos, Marketing e Inovação da empresa, disse que há relatos de clientes que conseguem economizar em logística e encontraram na LIO uma forma de efetivamente aumentar as vendas – grande foco da comunicação da maquininha.

Esta também é a opinião de Duda Bastos, diretora de Marketing da Cielo. Como funciona como substituto de diversos objetos – como um tablet, um leitor de preços e, em última instância, até um computador para ler planilhas (já que faz o inventário em seu próprio sistema), a LIO realmente pode representar economia para determinadas empresas e, assim, “se pagar”.

Por isso, o foco do comercial, que será lançado na segunda-feira que vem (11) é o funcionamento do produto – e não suas taxas. “É para ser um produto de escala, e não de nicho. A adoção deve crescer com essa comunicação, mas o foco não é que ela cresça rápido: o quando não é o importante para nós”, diz Danilo.

Segundo ele, o período de dois anos em que o terminal foi testado por uma base um pouco menor de clientes (50 mil) mostrou que o mercado já está realmente preparado para a consolidação da LIO. Esses clientes foram usados para a pesquisa que definiu os pontos principais abordados nos vídeos e site da campanha.

Em termos de estilo, a empresa escolheu tratar a maquininha como uma revolução. Para isso, utilizou a música Revolution, dos Beatles, e comparou as soluções integradas do aparelho com as ferramentas utilizadas normalmente pelo varejo. “A LIO está para o varejo assim como o smartphone para as nossas vidas”, compara Paulo Sanna COO da Wunderman – agência responsável pela campanha.

(Por InfoMoney – PAULA ZOGBI) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM, Cielo