O Starbucks, que está lutando para restaurar a confiança após a prisão de dois clientes negros em um café na Filadélfia, anunciou na terça-feira que fechará mais da metade de suas lojas dos EUA no mês que vem para uma tarde de treinamento sobre preconceito.

A decisão pode custar à empresa, que registrou US$ 22,4 bilhões em receitas no ano passado, apenas US$ 16,7 milhões em vendas perdidas, segundo cálculos da Bloomberg.

O Starbucks fechará temporariamente as lojas operadas pela própria empresa na tarde de 29 de maio — um dia após o Memorial Day — para treinar cerca de 175.000 funcionários. A empresa registrou US$ 14 bilhões em vendas no ano passado em suas 9.412 lojas nas Américas. Calculando em uma base por loja, gerou um total anual de US$ 12,2 bilhões com as 8.222 lojas que fecharão suas portas à tarde nos EUA. Média por dia: cerca de US$ 35,5 milhões.

Nesse sentido, um fechamento no meio do dia custa para eles US$ 16,7 milhões. O Starbucks não informa separadamente as receitas dos EUA e das Américas, por isso as estimativas da Bloomberg são baseadas em uma média por loja — e nos números do ano fiscal 2017, que terminou em 1º de outubro do ano passado (a empresa também tem lojas no Canadá e no Brasil).

O custo (estimado) pode ser válido para o gigante do café, que enfrenta vergonha em seu país — e maior mercado — depois que um gerente chamou a polícia por causa de dois homens que esperavam em uma mesa do Starbucks sem fazer pedidos.

As ações do Starbucks foram pouco afetadas, mas a empresa classificou as prisões como um “resultado reprovável” e prometeu se comportar melhor. No entanto, o gesto de fechar durante o dia pode não afetar muitos clientes que quiserem um blonde espresso ou um caramel macchiato: cerca de 41 por cento dos estabelecimentos não pertencem ao Starbucks e poderão permanecer abertos.

–Com a colaboração de Leslie Patton

(Por Bloomberg – Clementine Fletcher) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM, Starbucks