O formato de atacarejo do Grupo Pão de Açúcar foi, mais uma vez, o destaque da apresentação de resultados da companhia. As receitas do Assaí cresceram 27,7% no segundo trimestre do ano, em comparação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o grupo cresceu, ao todo, 9,5%.

A bandeira já corresponde a 40% do faturamento total do Grupo Pão de Açúcar, excluindo a Via Varejo, e não dá sinais de desacelerar.

“É o projeto que mais cresce e que mais vai crescer nos próximos anos. Ele terá uma relevância cada vez maior dentro do grupo e com certeza ultrapassará 50% do faturamento”, afirmou Daniela Sabbag, diretora de relações com investidores a EXAME.com.

Parte desse crescimento vem da consolidação das lojas abertas no ano passado. Outra parte vem da abertura de novas unidades, tanto com conversões de supermercados da bandeira Extra Hiper quanto com aberturas orgânicas de lojas, que serão de 6 a 8 este ano.

Segundo Belmiro Gomes, presidente do Assaí, o fluxo de clientes nas lojas convertidas cresce em 50% e as vendas sobem, em média, 3 vezes em relação à bandeira anterior.

Para bancar esse avanço, muito do capex estimado para o ano, de 1,2 bilhão de reais, será aplicado no Assaí.

O balanço desconta os números da Via Varejo, que concentra as operações da Casas Bahia e Ponto Frio. Em processo de venda, a divisão não consolida mais seus resultados no balanço do Grupo desde o 4o trimestre de 2016, por regra contábil.

Novidades

O grupo também divulgou algumas iniciativas para modernizar sua operação.

Um exemplo é o Meu Desconto, aplicativo de promoções voltado para membros dos programas de fidelidade. Mais de 1 milhão de pessoas baixaram o aplicativo nos primeiros dez dias.

Outra novidade é a reformulação do comércio eletrônico alimentar da bandeira Pão de Açúcar.

Para integrar as operações on e off-line, a empresa está testando o clica e retira – o consumidor compra pelo site e retira na loja. Cinco unidades Pão de Açúcar já contam com o serviço e até o fim do ano deverão ser 15.

Uma iniciativa para melhorar o nível de satisfação dos consumidores é o projeto de polivalência. Mais funcionários estão sendo treinados para operarem no caixa, para poder abrir novas filas em horários de pico.

(Por Exame – Karin Salomão) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM