A Sephora, conhecida mundialmente por suas mega lojas e bem localizadas (principalmente em grandes shopping centers), que são como o paraíso para quem ama maquiagem e beleza, com prateleiras repletas de produtos e vendedores-consultores-especialistas que dão dicas de beleza e maquiam suas consumidoras enquanto destacam os benefícios de cada item, está testando novos formatos de ponto de venda.

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Trata-se de uma boutique mais intimista e que aposta no conceito de proximidade. A primeira dessas lojas, chamada de Sephora Studio, abriu as portas ao público dia 21 de julho na Newbury Street, uma charmosa rua conhecida pelo seu comércio de luxo, no centro de Boston (EUA).

Diferente das tradicionais lojas da marca, este novo formato parece integrar-se mais ao local ao qual está inserido. A paleta de cores preto e branco permanece, mas há detalhes acolhedores, como uma mensagem de boas-vindas,”Hello Newbury Street”, gravada em letra cursiva no piso de mármore. As paredes também preservam os tijolos aparentes, uma marca registrada dos antigos edifícios da região.

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Segundo informou o CEO da marca para a América, Calvin McDonald, para a revista Fast Company, este formato vem para atender as mudanças nos hábitos de consumo dos consumidores, que estão optando cada vez mais pelo ambiente on-line e têm menos tempo para irem aos grandes centros de compras (shopping centers), mas preferem sair pelo bairro e entrar em lojas menores e mais aconchegantes.

Como um verdadeiro laboratório, a marca está testando também novo sortimento. Não se trata simplesmente de “encolher” uma loja da Sephora. No centro da loja, existem oito estações de maquiagem onde os clientes podem reservar atendimentos pessoais. A variedade de produtos é muito menor, focada na maquiagem, embora haja uma pequena seleção de perfumes e cuidados com a pele. Os membros da equipe estão treinados para poder direcionar os clientes para produtos que podem ser enviados gratuitamente para eles.

A loja também estreia algumas novas tecnologias. Não há caixas registradoras, uma vez que os membros da equipe podem processar os pagamentos digitalmente, em seus telefones. E nas estações de maquiagem, os consultores de beleza podem tirar fotos dos clientes e anotar todos os produtos que foram testados, para depois enviar para o cliente e adicionar ao seu perfil on-line.

“O objetivo do Studio é promover conexões pessoais entre nossos clientes e nossos conselheiros de beleza”, disse Mary Beth Laughton, vice-presidente de digital da Sephora. “Mas estamos usando a tecnologia para facilitar esse relacionamento. Nós não estamos interessados em usar a tecnologia por causa da tecnologia”.

Segundo a reportagem, a marca está prestes a lançar outras duas lojas semelhantes a esta em Williamsburg, no Brooklyn, em Nova York; em Hoboken, em Nova Jersey; e na capital do país, Washington.

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(Por Mercado & Consumo – CINTHIA CERIBELLI) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM