O compartilhamento de bens, como carros e casas, e informação tem crescido tão fortemente que o mercado já viu aí uma tendência de mudanças econômicas. A chamada economia compartilhada é a aposta dos especialistas para os próximos anos e deve movimentar muitos bilhões de dólares em pouco tempo.

A partir desta terça-feira (24) a NOVAREJO inicia uma série de três textos sobre as oportunidades de crescimento que dezenas de setores devem ganhar com a economia compartilhada nos próximos cinco anos. As reportagens tem como base um relatório feito pela MasterCard sobre esse tipo de economia.

Segundo estimativa do estudo, até 2022 surgirão centenas de novas empresas baseadas no compartilhamento de bens. Esses novos empreendimentos vão ajudar a espalhar e fortalecer a economia compartilhada no mercado de massa.

Impacto

Entre os que serão mais impactados estão os mercados de seguros, serviço público, saúde e assistência social que devem ser alterados quase que completamente.

A pesquisa levou em consideração ainda o crescimento sustentável desse tipo de transação. Entre 2015 e 2014 o volume de transações de economia compartilhada cresceu 77% e gerou € 28,1 bilhões. Em relação a 2014 e 2013 o crescimento foi de 56%.

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Próximos anos

A projeção da MasterCard é que setores da economia compartilhada cresçam até 63% por ano até 2025. Já os setores tradicionais devem crescer, no máximo, 5% em igual período.

O financiamento compartilhado ou de empréstimo é setor da economia compartilhada que mais deve crescer nos próximos oito anos, com marca de 63% anuais. A contratação online para trabalhos temporários/freelancer é o segundo segmento que mais deve crescer, atingindo uma média de 37% por ano até 2025.

O surgimento e a massificação de empresas de compartilhamento de acomodações, como Airbnb, devem aumentar em até 31% por ano nos próximos oito anos, enquanto o setor tradicional de hotéis terá aumento anual de 4%.

A expectativa dos carros conectados e compartilhados faz com que esse mercado tenha estimativa de crescimento de 23% ao ano, frente aos 2% de aluguel tradicional de carro, como é visto hoje.

O entretenimento, em especial o streaming de música e vídeo, deve crescer 17% anuais contra a queda de 5% do aluguel de DVDs, por exemplo.

Série

Os fatores que devem impactar no futuro da economia compartilhada e quais são os segmentos específicos que são as apostas de oportunidade nesse novo modelo serão os temas das próximas reportagens sobre a série desta semana.

(Por NoVarejo – Mariana Lima) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM