Em reunião realizada nesta quarta-feira (8), promovida pela CNTA (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins), os representantes dos trabalhadores da BRF decidiram que não aceitarão a falta de pagamento da PLR referente ao ano de 2016.

Caso a empresa não mude seu posicionamento, segundo o presidente da CNTA, Artur Bueno de Camargo, todas as unidades da BRF no Brasil entrarão em greve geral. “Não vamos aceitar esta imposição da empresa, de querer jogar esta responsabilidade (pelo prejuízo em 2016) nas costas dos trabalhadores, quando os culpados são os próprios donos da BRF”, afirmou Bueno em comunicado.

O anúncio de que os funcionários não receberão o benefício foi feito na última semana, logo após a BRF divulgar os resultados de 2016, em que teve um prejuízo de R$ 327 milhões.A categoria protocolou ofício na empresa nesta quinta-feira (9) pedindo a revisão do posicionamento da empresa até a próxima terça-feira (14).

CEO já havia se manifestado
Nesta semana, circulou pelas redes sociais um vídeo gravado pelo CEO da BRF, Pedro Faria, e enviado internamente para os funcionários da empresa. Na gravação, o executivo explica quais são os motivos pelos quais a PLR não será paga aos funcionários e ressalta que esta “não é uma obrigação da empresa”.

Em comunicado enviado ao InfoMoney, a BRF afirmou que “o não pagamento do benefício considera o resultado aferido no exercício de 2016, divulgado aos funcionários e ao mercado em 23 de fevereiro”.

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