Após quatro meses de altas consecutivas, a ruptura – índice que mede a falta de produtos nos supermercados – voltou a cair. Em dezembro, o indicador registrou queda de 13% em relação ao mês anterior e fechou 2016 em 9,36%, segundo dados da NeoGrid/Nielsen, que reúne informações de mais de 10 mil lojas em todo o Brasil.

Segundo Robson Munhoz, diretor de relacionamento com o varejo da NeoGrid, a retração das faltas tem relação com a queda de 7% no volume de vendas dos supermercados em dezembro de 2016. “O varejo sempre espera vender mais durante o Natal e se prepara para esse período abastecendo seus estoques. Porém, as vendas não foram satisfatórias e acabaram sobrando produtos nas prateleiras, o que ocasionou a redução da ruptura”, afirma o executivo.

Oscilações em 2016

Durante 2016, a ruptura sofreu grande oscilação. O ano começou com o índice bastante elevado, chegando a 13,08% em janeiro. Apresentou queda nos meses seguintes e, no terceiro trimestre, alcançou certa estabilidade ao registrar 9,72% em agosto. Em outubro, novamente ganhou força e chegou a 10,64% em novembro. Munhoz explica que essa variação do índice de faltas é resultado, principalmente, da grande instabilidade política e econômica que marcou 2016.

“Com a crise, as pessoas mudaram hábitos de consumo, a indústria ficou um pouco mais pessimista e houve um receio do varejo em comprar alguns produtos e não vender. Também tivemos uma troca de política econômica e até o aumento de vendas no varejo supermercadista em determinado momento. Isso tudo refletiu no indicador de ruptura”.

Ruptura por setor

O setor de alimentos foi o que teve o maior índice de faltas em dezembro, 10,07%, e também o que sofreu maior queda em relação a novembro. Na sequência, o setor de bebidas registrou 9,45% de ruptura, higiene e beleza 8,09% e limpeza 6,09%.

(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM