As feiras itinerantes não legalizadas geram um prejuízo de nada menos que R$ 10 bilhões por ano para o varejo do Estado de São Paulo, segundo estimativas calculadas pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).

São cerca de R$ 282 milhões por dia – o número equivale ao faturamento diário do comércio formal dos setores de vestuário, tecidos, calçados, eletrodomésticos, eletrônicos, lojas de departamento, móveis e artigos de decoração.

Esses são justamente os setores mais afetados pela informalidade. O valor da perda representa 10% do faturamento do comércio formal dessas atividades. Esse é o valor gerado caso a feira aconteça três vezes por mês, como normalmente ocorre.

Essas feiras, diz a Federação, representam um prejuízo de até R$ 500 milhões na arrecadação tributária. Se os comerciantes das feiras ilegais fossem microempreendedores pagariam anualmente de R$ 407 milhões a R$ 505 milhões em impostos.

Além disso, segundo as estimativas, ocorrendo três vezes por mês essas feiras impedem a criação de 50 mil empregos formais no Estado de São Paulo.

Considerando apenas a cidade de São Paulo, o prejuízo que essas feiras geram podem chegar a quase R$ 96 milhões por dia de funcionamento – o equivalente ao faturamento de um dia do comércio formal dos segmentos mais afetados.

Se as feiras ocorrerem três vezes ao longo de um ano, 17,8 mil empregos estão deixando de serem criados no varejo formal. Já os prejuízos para o município, pela não arrecadação de impostos, podem variar entre R$ 138 milhões (considerando empresas com alíquotas de 4%), R$ 188 milhões (alíquota de 5,47%) e R$ 236 milhões (no caso de uma alíquota média de 6,84%).

(Por NoVarejo – Camila Mendonça) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM