O potencial de Gisele Bündchen para alavancar as vendas aparece agora no franchising. A Hope, fabricante de lingerie parceira da modelo na marca que leva seu nome, descobriu seu poder de impulsionar os negócios também nessa área.

A empresa viu a procura por suas franquias quase duplicar em dois meses, resultado, diz o diretor comercial Carlos Eduardo Padula, da visibilidade gerada pelo lançamento da Gisele Bündchen Brazilian Intimates.

Desde maio –quando linha chegou às lojas–, o número de interessados subiu de 15 para cerca de 25 por dia. De acordo com Padula, cerca de 1% dessas pessoas acabam assinando um contrato.

As vendas no Dia dos Namorados também cresceram neste ano –25% na comparação com 2010, quando não havia a marca de Gisele.

“O desfile [de lançamento] em São Paulo gerou muita visibilidade. Tivemos até contatos de outros países.”

A Hope tem hoje 65 franquias, número que deve crescer para 115 até o fim do ano.

Mas, segundo Padula, não é possível elevar o número de lojas na mesma proporção do aumento da demanda, já que o mercado da construção já está bastante aquecidos.

ESTRATÉGIA

A Brazilian Intimates –que deve faturar cerca de R$ 30 milhões por ano– é a primeira marca própria de Gisele que leva seu nome.

Ela ainda é a garota-propaganda da Hope desde 2010, o que fez o faturamento da empresa crescer 40%.

Outras empreitadas de sucesso da modelo mais bem paga do mundo, segundo a “Forbes”, incluem uma linha de sandálias da Grendene –responsável por 63% das exportações da marca– e uma parceria com as lojas C&A, em contrato estimado em cerca de R$ 3 milhões.

Para André Torretta, sócio da Ponte Estratégia, as linhas de produtos também são estratégicas para Gisele.

“Como garota-propaganda, ela ganha cachê. Com esses produtos, tem participação em vendas. Ela se torna empresária”, afirma.

(Por Folha.com) Varejo, Núcleo de Estudos do Varejo